#JUSTIÇAPARAMOISE

Barbárie contra congolês no Rio teve racismo como agravante, diz OAB

Moïse Kabagambe chegou ao Brasil em 2011, fugindo de guerra no Congo

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2 de fevereiro de 2022
Portal GCMAIS

A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro está ouvindo os envolvidos no caso do assassinato do congolês Moise Kabagambe, que trabalhava em um quiosque, na Barra da TIjuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Nesta terça-feira (1º) o gerente do quiosque onde Moise foi espancado prestou depoimento. O rapaz tinha ido cobrar o pagamento de R$ 200 referentes a duas diárias de serviços prestados.

Barbárie contra congolês no Rio teve racismo como agravante, diz OAB
#JustiçaParaMoïse — Foto: Redes sociais

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Em uma postagem no Twitter, o governador Claudio Castro (PL) afirmou que o assassinato de Moise não ficará impune, e que a Polícia Civil está identificando os autores do que ele chamou de “barbárie”, e dará uma resposta à família e a sociedade. O governador prometeu apoio da Secretaria de Assistência à Vítima aos parentes do congolês.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) recebeu a família do congolês em seu gabinete nesta terça-feira (01) e pediu desculpas em nome da população do Rio de Janeiro e do Brasil. Ele afirmou que todos estão indignados com o que aconteceu, e que a Prefeitura não vai poupar esforços para auxiliá-los no que precisarem.

A Prefeitura suspendeu a licença do alvará de funcionamento de dois quiosques, o Tropicália, onde Moise trabalhava e outro próximo, e também notificou a concessionária Orla Rio para que garanta a restrição temporária de funcionamento dos estabelecimentos.

Moïse Mugenyi Kabagambe, de 25 anos, chegou ao Brasil em 2011, fugindo da guerra civil na República Democrática do Congo. De acordo com informações divulgadas pela regional da Ordem dos Advogados do Brasil, no dia 24, o estudante de arquitetura foi ameaçado pelo gerente do quiosque, após reivindicar o pagamento pelo trabalho prestado.

Foto: Reprodução/Record TV Rio

Moïse foi agredido por cerca de 15 minutos com pedaços de madeira, um taco de beisebol, e teve as pernas e mãos amarradas. Seu corpo foi achado horas depois.

O presidente da Seccional da Ordem, Luciano Bandeira, afirmou que a entidade cobrará a apuração do crime e exigirá que o Ministério Público denuncie cada uma das pessoas envolvidas. Ele confirmou que vídeos de câmeras de segurança da região onde fica o quiosque mostram as pessoas que agrediram o jovem até a morte, e afirmou não ter dúvidas de que racismo foi um fator no caso.

Outras entidades, como a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, acompanham o caso.

As equipes do Programa de Atendimento a Refugiados Cáritas RJ, das Agências da ONU para Refugiados e Migrações no Brasil afirmaram em nota que receberam, com enorme consternação, a notícia da morte do refugiado congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, brutalmente espancado. A nota diz que as instituições estão acompanhando o caso e esperando que o crime seja esclarecido.

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