Aparelho fundamental no tratamento de pacientes com Covid-19, o capacete de respiração assistida Elmo deve ser adaptado para o público infantil. Intitulado de “Elminho”, o projeto está em desenvolvimento pela Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), equipamento vinculado à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Na manhã desta quinta-feira (3), gestores da ESP visitaram o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) – também da Rede Sesa e referência em assistência pediátrica terciária –, visando a futuras parcerias para testes clínicos do dispositivo.
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Para discutir as possibilidades de adaptação do capacete Elmo para público infantil, um encontro foi realizado entre a superintendente da ESP-CE, Marcelo Alcantara, a diretora de pós-graduação em Saúde, Olívia Bessa, a diretora-geral do Hospital Alberto Sabin, Patrícia Jereissati Sampaio. Também estiveram presentes a coordenadora do Centro de Estudos do hospital, Lia Cavalcanti; a coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento, Hildênia Ribeiro; e a diretora técnica Euzenir Moura, ambas do Hias.
A visita marcou o pontapé inicial numa série de outras articulações que serão realizadas ao longo do ano em unidades da Secretaria de Saúde do Ceará. A ideia é não só propor parcerias, mas, principalmente, apresentar a ESP-CE, os seus cursos e as suas capacitações, além de visitar Centros de Pesquisa e Estudo das instituições. “As unidades têm um papel muito importante de formação profissional. Por ano, quantos profissionais o Sabin devolve para a sociedade? Vamos trabalhar esse perfil, num hospital de referência no Estado”, explica Olívia Bessa.
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Atualmente, o Hias conta com quase cem residentes geridos pela ESP/CE, sendo 30 deles multiprofissionais na área da Pediatria, abrangendo diversas profissões, como Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional. Na residência médica, são 64 trabalhadores nas especialidades de Pediatria, Oncologia Pediátrica, Cirurgia Pediátrica, Gastroenterologia Pediátrica, Hematologia e Hemoterapia Pediátrica, Medicina Intensiva Pediátrica, Nefrologia Pediátrica, Neonatologia, Ortopedia e Traumatologia, Ortopedia e Traumatologia e Pneumologia Pediátrica.
Capacete Elmo e adaptação ao público infantil
Com a propriedade de reduzir em 60% a necessidade de internação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o capacete de respiração assistida Elmo é fruto de pesquisa e inovação no Ceará, criado, inicialmente, para tratar pacientes adultos com quadro leve ou moderado de covid-19. Feito com silicone e PVC, o dispositivo foi desenvolvido para oferecer oxigênio em alto fluxo para o usuário internado. O equipamento envolve toda a cabeça do paciente e é fixado no pescoço em uma base que veda a passagem de ar. A força-tarefa do desenvolvimento do equipamento contou com pesquisadores, especialistas e técnicos de instituições dos setores público e privado.
O “Elminho”, que deve contemplar crianças e adolescentes, ainda não tem data para desenvolvimento de um protótipo. “É um projeto para desenvolver a adaptação pediátrica do Elmo. Disparamos esse projeto aqui na Escola vendo a necessidade desse momento até da pandemia, com a insuficiência respiratória hipoxêmica, e o nosso convite veio para o Sabin. O ‘Elminho’ poderia ser aplicado na Emergência”, pontua Marcelo Alcantara.
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A proposta é que, quando forem aplicados os testes clínicos, o Hias possa ser uma das unidades a utilizar o equipamento, a exemplo do que foi feito no Hospital Estadual Leonardo da Vinci (Helv) com o capacete destinado a adultos, em 2020.