ESTUDO DA UFC E UFRN

Pesquisa aponta risco de deslizamentos em falésias do Ceará

As falésias do Ceará, principalmente de Beberibe, Morro Branco, Canoa Quebrada e Icapuí apresentam riscos

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7 de fevereiro de 2022
Portal GCMAIS

Um estudo realizado pelo projeto Falésias, uma parceria entre a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), revela o risco de deslizamentos de falésias nos estados cearense e potiguar.

Pesquisa aponta risco de deslizamentos em falésias do Ceará
Foto: Projeto Falésias

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O relatório detectou situações preocupantes nos municípios estudados: foram encontradas alterações como fraturas, voçorocas (erosão causada pela chuva), formação de reentrâncias, e cicatrizes de colapso de blocos, representando, assim, um grande risco tanto para pessoas ou veículos que transitem no topo quanto para banhistas que passeiam próximo à base das falésias analisadas.

Risco de deslizamentos de falésias no Ceará

Para o professor Rubson Pinheiro, do Curso de Geografia da UFC, no Ceará, é necessária uma avaliação de riscos de acidentes nas falésias do litoral. “As falésias do Ceará, sobretudo Beberibe, Morro Branco, Canoa Quebrada e Icapuí, seguem um contexto semelhante e também apresentam riscos”, enfatiza.

Outro elemento que tem influenciado a erosão das falésias é o fluxo turístico desordenado. Com um grande trânsito de veículos nessas praias, que estacionam na borda das escarpas, ou de banhistas, que posam para fotos ao lado de placas de aviso de perigo, acidentes, inclusive fatais, são iminentes.

“De imediato, é preciso estabelecer restrições e disseminar a cultura do risco entre os turistas. Como medida emergencial, estamos orientando a Defesa Civil a colocar placas nos lugares mais críticos, e as Prefeituras, para colocar guardas municipais orientando os turistas”, relata o docente.

Para o pesquisador, a elaboração de políticas públicas de segurança para os turistas nas praias cearenses é indispensável. “Os bugueiros transitam com os turistas na margem da falésia desconsiderando completamente os riscos de colapso de blocos. Não existe nenhuma placa, folder informativo, ou qualquer outra indicação que oriente o turista para sua segurança. É urgente a necessidade de um mapeamento e classificação de riscos associados a essas áreas para, então, definir políticas públicas que regulamentem uma política de segurança para os turistas”, afirma.

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