CEARÁ

Após liberação, águas do São Francisco devem desaguar no Castanhão em até 20 dias

As águas percorrerão um total de 300km até o açude Castanhão

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9 de fevereiro de 2022
Roberta Fontelles

Na manhã desta quarta-feira (9), as águas do Rio São Francisco foram liberadas para o açude Castanhão. A liberação aconteceu com a abertura da comporta do Km 53 do Cinturão das Águas do Ceará (CAC), localizada em Missão Velha. As águas percorrerão um total de 300km até o açude Castanhão passando pelo Riacho Seco, Rio Salgado e Rio Jaguaribe.

Após liberação, águas do São Francisco devem desaguar no Castanhão em até 20 dias
Foto: Governo do Ceará

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A previsão é que o desague no Castanhão aconteça em até 20 dias, beneficiando cerca de 4,5 milhões de cearenses. Na quinta-feira (10), para inaugurar a adutora de Caririaçu e acompanhar a liberação das águas do Cinturão das Águas para o Açude Castanhão, o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, o presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) João Lúcio Farias e o superintendente de Obras Hidráulicas do Ceará, Yuri Castro, estarão na região do Cariri.

Leia mais | Momento histórico: águas do rio São Francisco chegam ao açude Castanhão

Por dia, açudes no Ceará perdem 2,4 bilhões de litros de água por evaporação

Oito açudes cearenses perderam cerca de 2,4 bilhões de litros por dia, indica trabalho do Grupo de Pesquisa Hidrossedimentológica do Semiárido (Hidrosed), da Universidade Federal do Ceará. A estimativa é suficiente para garantir o abastecimento a 12 milhões de habitantes. O grupo destrinchou os impactos da evaporação nos açudes no Ceará a partir de imagens coletadas por satélite desde 1985.

O estudo analisou a situação de oito açudes cearenses em diferentes regiões cearenses e traçou a estimativa de perdas por evaporação de cada um deles. O artigo conseguiu identificar que as perdas nas bordas de açudes com vegetação preservada são até 30% menores do que em áreas degradadas.

Também descobriu que, de modo geral, a evaporação é mais intensa nas margens e áreas próximas às barragens; e mais suave nas áreas mais profundas do açude (geralmente, o centro), o que pode ajudar na consolidação de políticas que procurem reduzir os impactos da evaporação.

O artigo “Evaporation in brazilian dryland reservoirs: spatial variability and impact of riparian vegetation” (“Evaporação em reservatórios em regiões secas no Brasil: variabilidade espacial e impacto da vegetação ripária”) foi publicado recentemente na revista científica Science of Total Environment.

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