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Médico que filmou trabalhador negro acorrentado pede desculpas: “foi zoeira”

Médico que filmou trabalhador negro acorrentado pede desculpas: "foi zoeira"

Foto: Reprodução

O médico Márcio Antônio Souza Júnior, conhecido como Doutor Marcim, que publicou um vídeo de um trabalhador negro acorrentado no Instagram, pediu desculpas em nova sequência de vídeos. Ele disse que tudo “foi uma encenação teatral” e “uma zoeira”. O caso aconteceu na Cidade de Goiás, antiga capital do estado, na última terça-feira (15).

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Trabalhador negro é filmado acorrentado

No vídeo, o médico alega que eles decidiram em conjunto fazer a filmagem, que virou caso de polícia e na qual ele diz: “Aí, ó, falei para ele estudar, mas ele não quer. Então, vai ficar na minha senzala”. Na explicação publicada em seu perfil no Instagram, Márcio argumenta que não teve a intenção de magoar, irritar ou fazer apologia à escravidão.

As imagens consideradas de profundo “mau gosto” pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e repudiadas pela prefeitura local geraram repercussão negativa. “Olá, em relação à peça fictícia que eu e meu amigo fizemos, gostaria de deixar bem claro que a gente fez o roteiro juntos, a quatro mãos. Foi como se fosse um filme. Foi uma zoeira. Não teve intenção nenhuma de magoar, de irritar ou nenhuma apologia a nada. Gostaria de deixar bem claro: ele é meu amigo e gostaria de pedir desculpas, se alguém se sentiu ofendido. Mas foi uma encenação teatral. Desculpe”, diz o médico no vídeo

Em depoimento à Polícia, o trabalhador informou que trabalha há três meses para o médico: “Ele é como [se fosse] meu pai. Não tem como nem falar nada, sem palavras. Ele que me ajuda em tudo”, disse.

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O homem, cujo nome não foi divulgado, apenas o apelido, Camarão, esteve na delegacia na tarde da última quarta-feira, ao lado de um defensor público. Ele adiantou ao delegado a versão de que tudo teria sido uma brincadeira.

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