Questões culturais e geopolíticas são as principais causas
Rússia e Ucrânia: entenda conflito entre os dois países
Com o ataque da Rússia à Ucrânia nesta quinta-feira (24) pessoas do mundo todo voltaram ainda mais suas atenções para entender o que provocou o conflito entre os dois países.
A principal razão por trás da divergência entre Rússia e Ucrânia é o desejo dos ucranianos em fazer parte da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), uma aliança militar internacional fundada em 1949 e que conta com 30 países-membros, entre eles: Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Turquia.
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O que também está em jogo é uma questão cultural e geopolítica, pelo fato da Rússia não querer um vizinho convertido ao ocidente, inscrito na Otan e com laços com a União Europeia.
A Rússia tenta preservar sua influência sobre uma área que já foi a cabeça da União Soviética. Para o presidente Vladimir Putin, a Ucrânia ainda pertence ao império russo.
Há muito tempo que a Rússia resiste aos movimentos da Ucrânia de aproximação com a Otan e com a União Europeia. Apesar de ser uma ex-república soviética, a Ucrânia tem laços sociais e culturais com a Rússia.
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A origem
Com o colapso da União Soviética em 1991, países que antes faziam parte da URSS passaram a se associar à Otan, como: Lituânia, Letônia e Estônia. A Ucrânia também manifesta interesse em fazer parte da organização. Só que, pelo fato de fazer divisa com a Rússia e ser um antigo pedaço russo, Putin não a considera como Estado soberano, mas sim uma parte de seu país. Por isso, o presidente russo quer voltar a ter influência sobre a região e redesenhar as fronteiras geopolíticas da era Soviética. Esse é um dos motivos pelos quais ele não quer que a participação ucraniana na Otan aconteça, pois alega que essa ação prejudicaria seu país e seria uma ameaça existencial à Rússia, já que fala que o lugar onde a Ucrânia se encontra hoje possui armas nucleares, assim como a região da Polônia, onde se localizam as bases de mísseis da Otan.
Desde sua fundação, em 1991, a Ucrânia ficou dividida: um lado poderia se aproximar da União Europeia e o outro manter os laços com a Rússia, mas os russos não estão dispostos a ceder uma terra que já lhe pertenceu, e por isso tentam recuperar seu domínio sobre esses territórios.
O primeiro início de invasão aconteceu em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia justamente para evitar a absorção de Kiev no Ocidente ao ver um governo aliado de Vladimir Putin derrubado. Também ajudou rebeldes separatistas pró-Rússia no leste do país, cuja autonomia está no centro da disputa.
Neste segundo ataque russo em oito anos, a Rússia quer estabelecer uma nova lógica de segurança na região que retire a ameaça de forças da Otan (aliança militar ocidental) perto de suas fronteiras, com uma eventual entrada dos ucranianos no clube de 30 países.
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