O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, conversou hoje (25) com representantes das duas principais potências mundiais, os Estados Unidos e a China.

As autoridades políticas dos dois países assumiram posturas distintas em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia: os Estados Unidos encabeçam as reações globais contra o governo do presidente Vladimir Putin, enquanto a China tem evitado criticar a ofensiva militar russa, alegando que “as preocupações” de Putin com a aproximação da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) são legítimas.

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Pela manhã, França recebeu um telefonema do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Segundo o Itamaraty, os dois conversaram a respeito da “grave crise de segurança na Ucrânia” e sobre como abordar o tema na próxima reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), agendada para ocorrer esta tarde.

A expectativa é que, durante a reunião, a delegação norte-americana coloque em votação uma resolução condenando o ataque militar russo à Ucrânia. A aprovação do documento depende do voto favorável de ao menos nove dos 15 países que integram o Conselho de Segurança – que, atualmente, é presidido pela Rússia.

“Os ministros discutiram o que é possível fazer para encerrar as operações militares em curso, restaurar a paz e impedir que a população civil continue a sofrer as consequências do conflito”, informou o ministério, em nota.

Poucas horas depois, França recebeu, no Itamaraty, o embaixador chinês, Yang Wanming, que vinha de um encontro com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

Em uma publicação no Twitter, Wanming informou que está prestes a deixar o posto à frente da embaixada. O embaixador agradeceu a “valiosa contribuição” de Mourão “para o crescimento das relações sino-brasileiras”, o ministro Carlos França e “todo o apoio que recebeu do governo federal”.

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Por meio do Twitter, o Ministério das Relações Exteriores divulgou que França e o embaixador chinês conversaram sobre “relações bilaterais, avanço do comércio, investimentos e cooperação entre Brasil e China”, sem mencionar a guerra no leste europeu.