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Demência está ligada à menopausa prematura, diz estudo

Demência está ligada à menopausa prematura, diz estudo

Foto: Pexels

Um estudo preliminar apontou que existe um risco 35% maior de desenvolvimento de demência para mulheres que entram na menopausa antes dos 40 anos, na chamada menopausa prematura.

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Quando os ovários de uma mulher param de produzir hormônios e o ciclo menstrual termina até os 40 anos é que ocorre a prematuridade da menopausa. Muita gente não sabe, mas a menopausa é o nome dado à última menstruação, que geralmente acontece entre 45 e 55 anos, marcando o fim da fase reprodutiva da vida da mulher. Isso significa que ela esgotou seu estoque de óvulos, que foram liberados desde a puberdade, mês a mês, ao longo de 30, 35 anos. Ou seja, a menopausa prematura ocorre cerca de 12 anos antes do início natural.

No geral, o que se vê nesse estudo é uma associação modesta entre a menopausa prematura e um risco subsequente de demência, que é é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa. É um termo abrangente que descreve a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e alterações das reações emocionais normais.

O estudo da menopausa

A pesquisa, que não foi publicada, mas será apresentada esta semana na conferência de 2022 da American Heart Association, examinou dados de mais de 153 mil mulheres que participaram do UK Biobank, um estudo em andamento que examina informações genéticas e de saúde de meio milhão de pessoas que vivem no Reino Unido.

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Houve ajustes no estudo para idade, raça, peso, escolaridade e renda, uso de cigarro e álcool, doenças cardiovasculares, diabetes e atividades físicas. E descobriu que as mulheres que entraram na menopausa antes dos 45 anos tinham 1,3 vezes mais chances de serem diagnosticadas com demência precoce aos 65 anos, idade que a mulher ainda é ativa para qualquer função.

O estrogênio, que é uma designação genérica dos hormônios cuja ação está relacionada com o controle da ovulação e com o desenvolvimento de características femininas, pode ser o ponto-chave para essa pesquisa, já que quando as mulheres entram na menopausa, os níveis de estrogênio despencam, o que pode ser uma das razões para as descobertas do estudo,

O que se é sabido pela literatura médica é que a falta de estrogênio a longo prazo aumenta o estresse oxidativo, o que pode aumentar o envelhecimento cerebral e levar ao comprometimento cognitivo.

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