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Guerra deixa comida mais cara no Brasil

Pãozinho é um dos alimentos que vai sofrer variação

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2 de março de 2022
Valesca Vidal

A invasão da Ucrânia pela Rússia deixou a comida no Brasil mais cara. Isso porque as sanções determinadas pela Europa e Estados Unidos sufocou financeiramente a Rússia, que com a Ucrânia, é responsável por cerca de 30% do trigo comercializado no mundo inteiro.

Guerra deixa comida mais cara no Brasil
Foto: Reprodução

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Efeito guerra no Brasil

Os dois países em guerra também comercializam 30% do trigo, 19% da oferta de milho e 80% do comércio de óleo. No caso do trigo, devido ao embate, houve um reajuste de 5,7% nos contratos internacionais de venda de trigo produzido naquela região da Europa. O Brasil, que importa metade do trigo que consome deve sentir este impacto a partir de maio. O aumento deve afetar também o preço da carne, já que o trigo é o principal alimento para a ração bovina. Na última segunda-feira (28), o preço do trigo apresentou o maior valor em 14 anos e já acumula alta de mais de 20%.

Pãozinho mais caro em Fortaleza

Em uma padaria em Fortaleza, os consumidores reclamam. “Se você come um pão, vai ter que dividir, uma metade pela manhã e outra a tarde”, disse uma cliente. Já segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Ceará (Ibef), Marcelo Peres, ainda não é possível mensurar quanto isso vai ser impactado no preço de pães, massas e biscoitos, mas existe a certeza de que esses produtos irão aumentar.

Peres explica que no caso das carnes, o que incide sobre o preço é o farelo. Contudo, existem outros custos que devem ser considerados, como o valor do frete e do fertilizante. Tudo junto torna o mercado uma bomba relógio. Até que a balança recobre o equilíbrio, o jeito é ter paciência. Já em relação ao pão, o consumidor pode sim optar por outros produtos, mas quando se trata de economia, um preço

Economia mundial

No último dia 28 de fevereiro, as empresas de navegação consideradas gigantes mundiais, como a Maersk e MSC Cargo suspenderam temporariamente as operações de embarque de cargas para a Rússia. Ainda na semana passada, grandes empresas de comércio de alimentos Bunge, ADM e CHS anunciaram a paralisação das atividades em solo ucraniano. No Brasil, a invasão da Ucrânia pela Rússia ocorre em um momento delicado, com a inflação de custos no agronegócio, o que torna pesado os preços dos produtos agrícolas na mesa dos brasileiros.

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