Estamos no início de março e, apesar das chuvas registradas nos últimos dias, apenas a porção Centro-sul do Ceará deverá concentrar as principais chuvas até o este domingo (6).
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), a tendência para os próximos dias é de que o sul do Sertão Central e Inhamuns e o Cariri possam apresentar precipitações mais generalizadas, principalmente entre tarde e noite.
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O órgão reforça que nas demais macrorregiões, incluindo a faixa litorânea, deverão apresentar alta possibilidade de chuva nos próximos dois dias, porém, com acumulados mais isolados.
Em geral, as precipitações previstas ocorrerão em virtude de áreas de instabilidade, bem como em razão de efeitos locais, como temperatura, relevo e umidade.
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A FUNCEME divulga diariamente o balanço de chuvas no estado, sempre de 7 horas da manhã de um dia para o outro.
As chuvas de fevereiro, primeiro mês da quadra chuvosa de 2022, ficaram 45% abaixo da média no estado como um todo, conforme balanço parcial. Os dados indicam que o observado foi de 64 milímetros. Em 2021, no mesmo período, o acumulado foi de 126 milímetros.
O mapa mais recente do Monitor de Secas indica redução na área do Ceará classificada em seca moderada. O estado apresentava 32% do território nessa situação em dezembro do ano passado, passando para apenas 3,4% em janeiro.
De acordo com a FUNCEME, a variação é considerada positiva no oeste e no centro do Ceará e deve-se, principalmente, às anomalias positivas de precipitação e melhora dos indicadores.
Apesar da redução, cerca de 90% do Ceará ainda apresenta algum nível de seca relativa, já que ainda tem 85% com seca fraca. Somente o extremo noroeste do estado, onde está parte do litoral norte, encontra-se sem seca relativa.
Na atual situação, o Monitor aponta impactos de longo prazo (de até 12 meses) com diminuição do plantio, alguns déficits hídricos prolongados, pastagens ou culturas não completamente recuperadas.
Em relação aos reservatórios, dos 155 monitorados pela Compahia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH), 71 têm menos de 30% da capacidade; 2 estão sangrando: o Germinal, em Palmácia, e o Rosário, em Lavras da Mangabeira; além disso, outros 6 açudes estão com mais de 90% da capacidade. O Castanhão está com 8,3% da capacidade; o Orós, com 22%; e o Banabuiú, com 8%.
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