Ícone do site Portal GCMAIS

Após seis meses, gerente acusado de racismo contra delegada não é localizado pela Justiça do Ceará

Após seis meses, gerente acusado de racismo contra delegada não é localizado pela Justiça do Ceará

Foto: Reprodução.

Acusado de racismo contra uma delegada da Polícia Civil, o gerente de uma loja no bairro Guararapes, Bruno Filipe Simões Antônio ainda não foi encontrado pela Justiça do Ceará. Ele virou réu em dezembro do ano passado, depois de ter sido denunciado pelo Ministério Público. Desde então, o réu não foi localizado no endereço informado.

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

De acordo com o MPCE, o gerente da loja ainda não é considerado foragido. O MP informou que tomou conhecimento de que o acusado não estava no local nos momentos em que o oficial de Justiça o intimou. Com isso, o parecer então foi emitido para a Zara, no intuito de saber se o gerente ainda trabalha no local. A loja teria dito que Bruno Filipe Simões faz parte dos quadros da empresa.

Através de nota, o Tribunal de Justiça do Ceará explicou que os autos do processo em questão estão conclusos para despacho do juiz do caso. “Isso significa que, a qualquer momento, o Juízo da 14ª Vara Criminal, onde o processo está em tramitação, deverá analisá-los”, disse em nota o Poder Judiciário.

Delegada da Polícia civil é vítima de racismo

Publicidade

O caso aconteceu em setembro do ano passado. A vítima responsável por denunciar o caso de racismo, após ser impedida de entrar em uma loja no bairro Guararapes, é a delegada Ana Paula Barroso, diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil.

O funcionário da loja teria a impedido de permanecer no estabelecimento por “questões de segurança”. Mesmo após pedidos de explicação, a determinação da loja teria continuado.

Leia mais| Delegada que acusa loja de racismo diz que ‘gerente foi enfático em dizer que errou’

Câmeras de segurança obtidas pela Polícia Civil mostraram como tudo aconteceu. “Eu havia saído por volta das 21h10 de uma sorveteria e me dirigi até a loja”, relata. “Assim que eu peguei o sorvete baixei a máscara e entrei. Um rapaz veio na minha direção e me impediu de permanecer na loja alegando motivo de segurança do shopping”, contou a delegada.

A delegada afirma ainda que chegou a questionar se o motivo de ter sido barrada foi por conta do sorvete, mas o funcionário da loja reafirmou que era uma “questão de segurança”. “Quando ele falou aquilo, eu entendi que a minha presença na loja representava um risco”, revela.

A delegada da Polícia Civil do Ceará Ana Paulo Barros conta que, ao ser barrada na entrada da loja, foi até o chefe da segurança do shopping questionar sobre o caso. “Um dos seguranças disse: ‘olha, vamos fazer o seguinte, eu vou chamar o chefe de segurança para ele lhe acompanhar lá’. Chegando lá, o chefe da segurança pediu para que eu relatasse tudo de novo, relatei, o gerente da loja que me atendeu, que foi justamente quem impediu que eu permanecesse, foi enfático em dizer que errou, confirmou a minha visão apresentada em dizer que ele tinha me colocado para fora sob o fundamento de que era questão de segurança. Baseado nisso ele pediu desculpas, eu aceitei o pedido de desculpas, e enfatizei: ‘tudo bem, está desculpado, eu só queria entender o porquê disso’”, afirma.

>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<

Sair da versão mobile