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Após denúncias de assédio sexual, seis professores são afastados em Fortaleza e Pedra Branca

Foto: Reprodução

A Secretaria de Educação do Ceará (Seduc) afastou seis professores da rede estadual por suspeita de assédio sexual contra alunas. Nos últimos dias, estudantes realizaram protestos dentro das unidades de ensino para denunciar as supostas práticas.

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Os docentes trabalhavam em escolas profissionalizantes de Fortaleza e Pedra Branca, no Sertão Central. Em Fortaleza, as manifestações foram registradas na Escola de Educação Profissional (EEP) Professor César Campelo, no Conjunto Ceará, na última semana. Durante os protestos, cartazes como “Tire seus olhos de cima de mim!” e “Não é normal. Não é brincadeira. É assédio. É crime” foram empunhados pelas estudantes.

Em Pedra Branca, a mobilização ocorrida na última segunda-feira (21) teve início na Escola de Educação Profissional (EEP) Antônio Rodrigues de Oliveira e seguiu pelas principais ruas da cidade. A coordenação da escola enviou um comunicando aos pais relatando que as denúncias deixaram “toda a comunidade escolar estarrecida e angustiada”.

Na capital cearense, estudantes de outra escola pública da rede estadual de ensino, localizada no Bairro Jangurussu, afirmam que dois professores praticam assédio contra alunas há pelo menos quatro anos. Com cartazes dizendo “A escola é pública e o meu corpo não”, eles pedem respeito.

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Print de outro suposto caso de assédio sexual envolvendo um professor da rede estadual em Acaraú, na região norte do Ceará. Foto: Divulgação.

Professores são afastados após denúncias de assédio sexual

A Secretaria da Educação do Ceará abriu procedimentos administrativos para apurar a conduta dos profissionais citados nas denúncias. Todos foram afastados das atividades. A pasta ainda afirma que repudia assédio, importunação sexual ou qualquer tipo de violência e que está tomando todas as providências necessárias para que os fatos sejam apurados de maneira eficiente e dentro da legalidade.

Já o Ministério Público do Ceará (MPCE) instaurou um procedimento de Notícia de Fato para investigar os supostos casos de assédio na escola Antônio Rodrigues de Oliveira, em Pedra Branca. Sobre a outra escola localizada no bairro Conjunto Ceará, na capital, o órgão informou não ter recebido o inquérito policial.

O que diz a Polícia Civil?

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) informou que existem investigações abertas sobre os supostos casos de assédio na Escola de Educação Profissional (EEP) Professor César Campelo, em Fortaleza, e na Escola de Educação Profissional (EEP) Antônio Rodrigues de Oliveira, em Pedra Branca.

Na capital cearense, os trabalhos investigativos são conduzidas pela Delegacia de Combate a Exploração da Criança e Adolescente (Dececa).

Denúncias de assédio através do #ExposedFortal

Em junho de 2020, alunas usaram as redes sociais para compartilhar prints de conversas em que sofriam assédio sexual. Nas mensagens divulgadas, professores pediam fotos nuas das alunas.

As investigações tiveram início a partir de uma estudante de uma escola particular de Fortaleza, que denunciou um docente. A partir deste caso, outras pessoas usaram a hashtag #ExposedFortal nas redes sociais para denunciar outros profissionais, entre professores e coordenadores.

Protesto em Aquiraz

Saiba como denunciar casos de assédio e importunação sexual

Defensoria Pública do Ceará (DPCE)
Telefone: (85) 3108 2986

Delegacia de Combate à Exploração da Criança e Adolescente (Dececa – Ceará)
Telefone: (85) 3101 2044

Delegacia Eletrônica do Ceará (Deletron) – serviço 24h
Site: www.delegaciaeletronica.ce.gov.br

Ministério Público do Ceará
E-mail: dignidadesexual@mpce.mp.br

Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS)
Disque-Denúncia: 181

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