No primeiro trimestre de 2022, 26 pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito em Fortaleza. O número de mortes é o menor já registrado nas duas últimas décadas. Em comparação com a média do mesmo período de anos anteriores, a redução chegou a 65%.
Quando comparado com o mesmo período do ano passado, a redução foi de 41%, quando houve 44 óbitos. A redução vem sendo mais acentuada nos últimos sete anos.
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De acordo com a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), a queda no número de mortes se deu por conta medidas adotadas pela gestão municipal.
Levantamento realizado pelo órgão aponta que os motociclistas ainda são os mais vulneráveis no trânsito e representam mais da metade das mortes, com 52%. Em seguida, os pedestres, com 40% dos registros. Ciclistas e ocupantes de veículos de quatro rodas aparecem em terceiro lugar, com 4%.
Os horários em que acontecem a maior parte dos acidentes é entre 19h e 4h da manhã dos finais de semana. Segundo o órgão, o aumento dos registros nesses dias e horários sugerem a probabilidade da associação de fatores de risco como a ingestão do álcool ao dirigir e o excesso de velocidade.
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Segurança no trânsito
Segundo a AMC, ações vem sendo promovidas pela gestão municipal para fazer o trânsito mais seguro na cidade. As ações são divididas em três eixos: engenharia de tráfego, educação e fiscalização preventiva.
Com relação à engenharia, a readequação da velocidade de 60 para 50 km/h em vias com intenso fluxo de veículos na Capital tem reduzido, de acordo com o órgão, em 64,5% os acidentes com vítimas nestes locais. Além disso, as travessias elevadas, as áreas de trânsito calmo, calçadas vivas e faixas diagonais vem sendo expandidas em Fortaleza. A infraestrutura cicloviária também vem sendo ampliada de forma contínua e hoje já alcança a marca de cerca de 410 km. Para reduzir os acidentes entre motociclistas, foram implementadas áreas de espera, espaço situado entre a faixa de pedestres e a faixa de veículos, onde eles podem aguardar a abertura do sinal com mais segurança.
Na área de educação, educadores estão espalhados na cidade para dialogar com a população e distribuir materiais de conscientização para promover temas como respeito e comportamento seguro, riscos de beber e dirigir, e o respeito à sinalização e limites de velocidade. Os profissionais também promovem cursos para motociclistas e ciclistas para orientar e incentivar posturas mais prudentes.
Além disso, a AMC também realiza fiscalizações preventivas, com o intuito de incentivar a adoção de um comportamento seguro no trânsito. De acordo com o órgão, foram realizadas 41.506 abordagens nos comandos operacionais, com 10.050 exames de etilômetro. Destes, 68 deram positivo e 469 motoristas se recusaram a testar, o que indica condução sob efeito de álcool.
Câmeras de monitoramento
Os acidentes de trânsito são monitorados 24h pela Central da Mobilidade para Preservação de Vidas no Trânsito. Mais de 600 câmeras acompanham a circulação dos veículos em tempo real e, a partir dessas imagens, o atendimento é otimizado. A estrutura ainda permite uma análise aprofundada das causas de eventuais ocorrências e auxilia medidas preventivas que evitem novos sinistros.
OMS e mortes no trânsito
De acordo com parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), os índices em Fortaleza seguem em queda e apontam uma redução de 55,8% no risco de morte de trânsito nos últimos 10 anos. Na Capital, são registradas 6,8 mortes a cada 100 habitantes. Em 2011, eram 15,4.
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