Foi confirmado nesta segunda-feira (18) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) o nome de Victor Godoy Veiga como novo ministro da Educação. Godoy já estava no cargo interinamente desde março, quando Milton Ribeiro deixou a pasta após denúncias de corrupção.
A nomeação do novo ministro foi publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.
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Antes de assumir o posto de titular do Ministério da Educação, Godoy atuava como secretário-executivo do MEC. Godoy também exerceu o cargo de auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), por onde esteve entre 2004 e 2020.
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Desde o início do governo de Bolsonaro, este é o quinto ministro a assumir a pasta. Todos os anteriores acabaram tendo seus nomes envolvidos em polêmicas e denúncias enquanto exerciam a função à frente do Ministério.
De acordo com denúncias reveladas pelo jornal Estadão, o ex-ministro mantinha uma agenda paralela com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que, de acordo com o material apurado, cobravam propina de prefeitos para encaminhar demandas ao Ministério. Milton, por sua vez, priorizava as demandas da dupla por meio de repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Prefeitos confirmaram no Senado os pedidos de propina.
Augusto Aras pede abertura de inquérito no STF para investigar ex-ministro da Educação
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu, no dia 23 de março, ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar o envolvimento do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, na distribuição de verbas do ministério a municípios. A medida foi tomada após publicação de matérias na imprensa sobre o suposto favorecimento na liberação de recursos para prefeituras de municípios por meio da intermediação de dois pastores, que também são alvo do inquérito.
Na petição, Aras cita o presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, Gilmar Santos, e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade.
Ao justificar o pedido de abertura de inquérito, o procurador disse que pretende apurar se os envolvidos, que não têm vínculo com o Ministério da Educação, atuavam para a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Entre as diligências solicitadas está a oitiva dos citados e de cinco prefeitos.
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