EXÉRCITO BRASILEIRO

Dia do Exército vai ser celebrado em Belém do Pará; entenda a importância da data

Após dois anos sem celebrações por conta da pandemia da Covid-19, o Comando Militar do Norte (CMN) volta a comemorar a data

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18 de abril de 2022
Amanda Abdala

Na tradição militar, o dia do Exército Brasileiro é comemorado em 19 de abril, em alusão ao ano de 1648 como aquele onde simbolicamente foram constituídas as raízes da mais antiga das três forças armadas nacionais. A data faz referência à Batalha dos Guararapes, envolvendo holandeses e luso-brasileiros e onde se reconhece que pela primeira vez indígenas brasileiros, africanos escravos e brancos portugueses e brasileiros se uniram para reconquistar o território há anos ocupado pelos holandeses no nordeste do Brasil.

Dia do Exército vai ser celebrado em Belém do Pará; entenda a importância da data
Foto: Divulgação/Exército

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Após dois anos sem celebrações por conta da pandemia da Covid-19, o Comando Militar do Norte (CMN) volta a comemorar a data, que ocorre nesta terça-feira (19), às 9h30, em Belém.

Realizada na praça da Bandeira, a solenidade em Belém reunirá 20 autoridades civis e militares, que serão condecoradas com medalhas em reconhecimento aos serviços relevantes à sociedade paraense e aos serviços prestados ao Exército Brasileiro.

Ao final da cerimônia, de acordo com a programação, vai haver desfile da tropa das Guarnições de Belém em continência ao Comandante Militar do Norte, General de Exército, João Chalella Júnior.

História do Exército no Brasil

Na prática, a história do Exército Brasileiro tem início, assim como a história da Marinha, com a independência do país. Entretanto, a separação do Brasil de sua metrópole não se deu de modo pacífico, houve resistência concreta nas províncias Cisplatina, Bahia, Maranhão e Pará, sendo necessária a atuação do exército, com destaque para Maria Quitéria, baiana que se disfarçara como homem para participar da luta, tendo se destacado no campo de batalha.

Conquistada a independência, o exército logo irá intervir na Guerra Cisplatina, que resulta na independência do Uruguai. O revés faz com que a diplomacia brasileira busque uma posição de não-intervenção nos assuntos dos países vizinhos ao sul. Somente vinte anos depois o Brasil sente-se impelido a enviar tropas à região, ante a à política expansionista de Juan Manuel de Rosas e Manuel Oribe, ditadores argentino e uruguaio, respectivamente.

Ainda no século XIX, os soldados do Exército tiveram a primeira grande experiência internacional, participando da Guerra do Paraguai. No conflito, a instituição se consolidou e reorganizou sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, que é considerado por isso mesmo o patrono do Exército Brasileiro.

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O exército somente voltaria a se envolver em algum conflito na Segunda Guerra Mundial, organizando a FEB (Força Expedicionária Brasileira), onde, ao lado da Força Aérea teve uma participação importante na tomada da Itália Fascista pelos Aliados.

Atualmente, o Exército tem a missão de defender o território e a soberania brasileira, garantir a manutenção da Lei e da Ordem, e ajudar a população em caso de calamidades. Importante também é ressaltar a participação do Exército na política brasileira desde a Proclamação da República, em 1889. Os dois primeiros presidentes vinham das fileiras do exército, e mais tarde, também teriam papel importante nos golpes de 1930 e 1964.

Com a redemocratização em 1985, os militares voltaram aos quartéis e restringiram sua participação na vida nacional às suas funções constitucionais. Em nível internacional, entre os anos 1980 e a década inicial do século XXI, a participação do Exército na tarefa de reorganização do Haiti, país que passou por um colapso institucional, vivendo um período caótico.

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