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OMS alerta para os riscos de reduzir os cuidados com a Covid-19

OMS alerta para os riscos de reduzir os cuidados com a Covid-19

Foto: Reprodução Twitter

Um comitê da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o risco para a saúde pública em minimizar os efeitos da pandemia de Covid-19. De acordo com o órgão, ainda não é o momento de os países reduzirem a atenção, testagem, medidas sanitárias e vacinação.

A recomendação foi publicada na última quarta-feira (13), em Genebra, na Suíça. De acordo com os membros do comitê, ainda há riscos de efeitos negativos para a saúde da população mundial e disseminação da doença.

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Especialistas da OMS afirmam que o número menor de mortes e casos de Covid-19 não significam que a doença represente menor risco. O motivo é que o vírus está em constante evolução e mutação.

Na última semana, o mundo presenciou o período com o menor número de mortes causadas pela Covid-19 desde o início da pandemia. Com a queda nos números, o governo brasileiro anunciou novas medidas neste domingo (17).

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Mesmo com menores índices ao redor do mundo, países da Europa e da Ásia enfrentam ainda alta quantidade de casos, com pressão no atendimento nos hospitais. A Coreia do Sul é o país com o maior número de casos diários da doença. São 182 mil novas infecções todos os dias.

Xangai também enfrenta o pior surto desde o início da pandemia. França, Alemanha, Reino Unido e Bélgica também estão vendo os números crescerem diariamente.

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A OMS afirma que não há como acompanhar com precisão a evolução da pandemia porque muitos países reduziram consideravelmente a quantidade de testes na população.

Com testagem e sequenciamento genético é possível monitorar as tendências da pandemia e rastrear novas variantes. Hoje, a OMS acompanha várias sub-linhagens da Ômicron, incluindo a BA.2, a BA.4 e a BA.5 e outra recombinante detectada composta por BA.1 e BA.2.

O Instituto Todos pela Saúde (ITPS) identifica que a subvariante BA.2 já é majoritária entre os casos de Covid no Brasil, representando quase 70% dos casos.

Para o diretor de emergência da OMS, Michael Ryan, é importante continuar acompanhando o vírus e suas variantes. “Seria muito míope neste momento supor que números mais baixos de casos significam riscos absolutamente mais baixos. Temos o prazer de ver mortes caindo, mas esse vírus já nos surpreendeu antes, já nos pegou desprevenidos antes”, afirma.

Soumiya Swaminathan, cientista da OMS, alerta para o surgimento constante de sublinhagens e novas recombinantes. Por isso, segundo a pesquisadora, é importante investir em ferramentas de combate, como as vacinas.

“Temos que estar preparados para a possibilidade de que esse vírus possa mudar tanto que possa escapar da imunidade existente”, destacou.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, destaca que o vírus que causa a Covid-19 continua mortal, principalmente para o público não vacinado ou que não tem acesso a saúde e antivirais.

Baixa vacinação

Um levantamento da OMS aponta que 21 países ainda estão com índices de imunização abaixo dos 10%. Menos de 65% da população mundial recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.

“A situação está longe de terminar no que diz respeito à pandemia de Covid-19. A circulação do vírus ainda é muito ativa, a mortalidade continua alta e o vírus está evoluindo de maneira imprevisível”, afirmou Tedros.

Para especialistas, a pandemia é um fenômeno mundial, portanto não cabe a um país isoladamente decretar seu fim. Assim, os protocolos sanitários devem continua sendo respeitados por todos.

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