Um homem teve que ser hospitalizado após sofrer convulsões ao entrar em contato com um peixe-leão na Praia de Bitupitá, em Barroquinha no Ceará. A vítima foi identificada como Francisco Mauro da Costa Albuquerque, 24.
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De acordo com o pesquisador do Labomar da Universidade Federal do Ceará (UFC) Marcelo Soares, ele estava num curral de pesca quando o acidente ocorreu.
“Ele provavelmente pisou. Geralmente pescadores artesanais são mais vulneráveis porque não possuem proteção”.
Francisco foi socorrido na quinta-feira (21) por uma ambulância e levado a uma unidade hospitalar da cidade de Camocim devido à gravidade do quadro.
“Ele está agora no hospital pela terceira vez”, disse Soares, que está acompanhando o caso com a família.
Francisco relatou sofrer com dores, convulsões e febre ao encostar nos espinhos da espécie, originária do Indo-Pacífico.”Ele realmente teve duas paradas cardíacas. Só que isso é raro com o peixe-leão. Tem que se estudar e ver se essa reação foi realmente consequência do contato com a espécie”, explica o professor. Esse foi o primeiro caso de acidente em campo registrado no Brasil.
Captura de peixes-leão
Mais de 20 peixes-leão já foram retirados do mar da Praia de Bitupitá, em Barroquinha, no Litoral-Oeste do Ceará, entre segunda-feira (25) e terça-feira (26), segundo relatos de pescadores da região.
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O pescador reforçou que, com a aparição do peixe-leão em Bitupitá, nas últimas semanas, outras espécies estão desaparecendo. A pesca está prejudicada. Peixes como sardinha, anchova e espada não estão mais “caindo” na rede como acontecia meses atrás.
O peixe-leão pode afetar a biodiversidade local, a pesca artesanal, o turismo, e também ser um problema de saúde pública. Ele se reproduz com muita facilidade: uma fêmea é capaz de colocar 2 milhões de ovos. Além disso, a falta de predador nativo faz com que o animal tenha chances maiores de sobrevivência.
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