DEMOCRACIA

“Justiça Eleitoral está aberta a cooperação, mas jamais a intervenção”, diz Edson Fachin

A fala do ministro foi realizada na abertura da reunião do Observatório da Transparência nas Eleições (OTE)

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2 de maio de 2022
A10

A Justiça Eleitoral, por meio do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, voltou a defender nesta segunda-feira (2) a integridade das eleições e reforçou que atacar a Justiça Eleitoral “equivale a atacar a própria democracia”.

“Justiça Eleitoral está aberta a cooperação, mas jamais a intervenção”, diz Edson Fachin
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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“O Brasil tem eleições íntegras; o voto é secreto e o processo eletrônico de votação, conquanto sempre suscetível de aprimoramentos, é reconhecidamente seguro, transparente e auditável; e que são imprescindíveis paz e segurança nas eleições porquanto não há paz sem tolerância e sem respeito mútuo”, disse Fachin.

A fala do ministro foi realizada na abertura da reunião do Observatório da Transparência nas Eleições (OTE) e ocorre na esteira de novos ataques ao processo eleitoral feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na semana passada.

“O nosso êxito e credibilidade têm raiz na crença que compartilhamos de que a democracia é inegociável, de que a Justiça Eleitoral é um patrimônio imaterial da sociedade brasileira e de que atacá-la equivale a atacar a própria democracia. O TSE norteia-se por premissas técnicas, mas elas estão imbricadas às premissas democráticas inafastáveis, inegociáveis, que nos animam”, afirmou o ministro.

Em sua fala, Edson Fachin também afirmou que o quadro normativo eleitoral para 2022 já está pronto e “inteiramente estabilizado”.

“O regulamento do certame eleitoral está pronto para ser aplicado. Estamos empregando nosso lema: Paz e Segurança nas eleições”, disse o ministro.

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Na quarta-feira da semana passada, durante cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que é preciso ter a participação das Forças Armadas para que haja “confiança” no sistema eleitoral.

O presidente também afirmou esperar que o TSE “dê uma resposta às sugestões das Forças Armadas”, mencionando especificamente a criação de uma “sala secreta” para que as Forças Armadas possam “contar os votos do Brasil”.

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