A repatriação do fóssil, pelas autoridades italianas, é decorrente de medidas empreendidas através de inquérito civil, que estava tramitando junto à Procuradoria da República, em Juazeiro do Norte.
Ceará recebe da Itália fóssil repatriado de mais de 110 milhões de anos
O Ministério Público Federal (MPF) devolveu um fóssil de peixe com mais de 110 milhões de anos, avaliado em 3 mil euros, mais de R$ 16 mil, para a Universidade Regional do Cariri (URCA) na quarta-feira (11). O material é resultado de um trabalho da justiça brasileira em parceria com a universidade, que buscou resgatar a peça que se encontrava na Itália sendo comercializada ilegalmente em site europeu. A repatriação do fóssil, pelas autoridades italianas, é decorrente de medidas empreendidas através de inquérito civil, que estava tramitando junto à Procuradoria da República, em Juazeiro do Norte.
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A entrega formal do fóssil ocorreu na sede do MPF, em Juazeiro do Norte, com a presença do Reitor em Exercício da Universidade Regional do Cariri (URCA), Professor Carlos Kleber de Oliveira, acompanhado de professores e pesquisadores da Urca, além do diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, Allysson Pinheiro, para onde será encaminhada a peça devolvida, da formação Santana e do Período Cretáceo.
O Reitor em Exercício, Carlos Kleber, destaca a importância do trabalho feito pelo MPF, que em conjunto com a URCA e todo o seu suporte técnico tem desenvolvido esse trabalho de combate ao tráfico de fósseis e a repatriação.
“Esse é um fóssil raro, de qualidade, dada a sua integridade de detalhes preservados que estava à venda em site na Itália e com esse trabalho do MPF com a Itália, permitiu a repatriação desse rico patrimônio nosso. A Universidade tem esse reconhecimento de guardiã desse patrimônio e também a capacidade técnica e científica de fazer os estudos desse material, com os nossos pesquisadores”, afirma.
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O exemplar fóssil estará disponível no museu em breve para apreciação dos pesquisadores e visitantes, mas antes disso, o diretor do Museu Allysson Pinheiro, afirma que serão direcionados estudos do material, que ainda apresenta formações de escamas e possivelmente tecido mole, material característico de muitos serem e plantas fossilizadas encontradas na Bacia do Araripe. Após a análise, será destinado à exposição no Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri, para onde os agentes do Ministério Público Federal decidiram encaminhar o material repatriado.
De acordo com o procurador Federal, Celso Costa Leal, inicialmente o MPF recebeu a denúncia de que a peça estava sendo leiloada e houve um trabalho para tentar comprovar que o fóssil era da região, através dos técnicos e pesquisadores da URCA, e a partir da constatação foi realizada uma solicitação de cooperação jurídica internacional, através do governo da Itália. “A partir dos nossos argumentos, eles fizeram a apreensão do fóssil. Ficou realmente comprovado que a peça era originada do Cariri e que saiu ilegalmente do Brasil”, disse.
O diretor do Museu de Paleontologia, Allysson Pinheiro, comemora a repatriação do material, mas ressalta que o ideal era que isso não precisasse acontecer e que as peças nunca tivessem saído. “Mas, cada chegada é um filho que retorna à casa, renovam-se as forças de continuar essa batalha pelo patrimônio e a paleontologia do Cariri”, completa.
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