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Desmatamento na Mata Atlântica diminui no Ceará, mas cresce 66% em 15 estados

Desmatamento na Mata Atlântica diminui no Ceará, mas cresce 66% em 15 estados

Foto: Ascom Sema

Um levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aponta que o desmatamento do bioma aumentou em praticamente todos os estados, com exceção do Ceará e de Santa Catarina. A versão atual, 17ª edição do relatório, abrange todos os limites do bioma em 17 unidades da federação.

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O secretário do Meio Ambiente (Sema), Artur Bruno, destacou a importância do bioma, onde vivem 72% dos brasileiros. “Para lamentar recebemos a notícia que houve um aumento de 66% de desmatamento, em quinze estados, e em apenas dois, não houve crescimento de desmatamento, foi o caso do Ceará e Santa Catarina”, disse.

“De certa forma isso nos deixa felizes porque o Governo do Ceará tem feito um trabalho grande para criar Unidades de Conservação (UCs), garantir a biodiversidade, a flora e fauna existentes, diminuir os desmatamento as queimadas, nem sempre conseguimos, mas eu fico muito feliz de ver o trabalho de muita gente, não só do estado, evidentemente, mas de ONGs, universidades e municípios, todos lutando para preservar a Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados e que devemos preservar, sobretudo agora que estamos vivendo a Década da Restauração de Ecossistema (2021-2030), da ONU”, complementou.

Mata Atlântica no Ceará

No Ceará, 67 municípios apresentam trechos de Mata Atlântica e de ecossistemas associados, assim como 21, das 34 Unidades de Conversação estaduais. A exemplo, o Parque Estadual do Cocó, Parque Estadual Botânico, Área de Proteção Ambiental de Baturité, Área de Proteção Ambiental da Serra da Aratanha, Área de Proteção Ambiental do Estuário do Rio Mundaú, Área de Proteção Ambiental das Dunas da Lagoinha, o Refúgio da Vida Silvestre (REVIS), Periquitio Cara-Suja, Área de Proteção Ambiental Dunas do Litoral Oeste, Área de Proteção Ambiental do rio Pacoti, entre outras.

Entre 2020 e 2021 foram desmatados 21.642 hectares , um crescimento de 66% em relação ao registrado entre 2019 e 2020 (13.053 ha) e 90% maior que entre 2017 e 2018, quando se atingiu o menor valor de desflorestamento da série histórica (11.399 ha). Alagoas, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte tiveram desflorestamento menor que 50 hectares. No entanto, não se pode afirmar categoricamente que estão em situação de desmatamento zero, por serem regiões constantemente cobertas por nuvens.

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Lei da Mata Atlântica

Embora o Atlas não tenha o propósito de investigar a legalidade dos desmatamentos detectados, a vegetação nativa do bioma é protegida pela Lei da Mata Atlântica.

Para os efeitos desta Lei, “consideram-se integrantes do Bioma Mata Atlântica as seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados, com as respectivas delimitações : Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste. Tanto essas formações florestais quanto os ecossistemas associados integram a Lei da Mata Atlântica, no entanto, devem estar previstos no mapa do IBGE de aplicação da lei”, informa o técnico Lucas Silva, da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio/Sema).

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