Com as boas chuvas do ano de 2022, o Ceará chega a uma situação mais confortável em relação ao abastecimento de água. Atualmente, segundo o Portal Hidrológico do Ceará, dos 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH), 39 estão sangrando; outros 51 estão com mais de 90% da capacidade; 55 açudes têm menos de 30% do volume máximo de água.
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Maiores reservatórios
O 3 grandes açudes do Ceará encontram-se em situações bem distintas. O Castanhão, maior de todos, está com 23% de armazenamento de água; Já o Orós, segundo maior, tem um quadro mais favorável, com 49%; Por fim, o Banabuiú, terceiro maior reservatório, preocupa, pois tem, apenas, 8% de água armazenada.
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Águas de maio
O último dado divulgado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indica que, na primeira quinzena de maio, as chuvas foram abaixo da média para o período.
Nos primeiros 15 dias, as macrorregiões com determinado destaque são o Litoral de Fortaleza, onde as precipitações acumularam 132,5 mm, e o Maciço de Baturité, com 112,3 mm.
O Sertão Central e Inhamuns é onde menos choveu em maio. Segundo a Funceme, o acumulado foi de apenas 37,2 milímetros, na primeira quinzena, o que representa um desvio negativo de 46,6%.
Monitor das secas
O mais recente mapa do Monitor de Secas, referente ao mês de abril, indica que o Ceará apresenta 81,13% do seu território sem seca relativa.
Este é o melhor cenário no Estado desde o início da série histórica da ferramenta, desde julho de 2014. Até então, o mês com cenário mais positivo havia sido maio de 2020, quando o Ceará apresentou 79,18% da sua área sem seca relativa.
As condições atuais se dão, principalmente, pelas chuvas dos meses de março e abril, que colaboraram para redução dos índices de estiagem. Hoje, 18,87% do território apresenta seca fraca, sendo este percentual concentrado na porção central e a oeste do Estado, onde está situada a macrorregião do Sertão Central e Inhamuns.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as precipitações de março ficaram 30,6% acima da média e, no último mês, dentro da normalidade. Considerando a Quadra Chuvosa, que teve início em fevereiro e segue até o fim de maio, as precipitações encontram-se em torno da normal climatológica.
Apresentar maior parte do território sem seca relativa significa que o Estado passa por um período normal ou de superávit hídrico naquela porção. Porém, a situação hídrica segue em atenção.
Atualmente, 55 dos 155 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) encontram-se com volume abaixo dos 30%. O Castanhão, maior açude para múltiplos usos do Estado, apresenta 23% da sua capacidade total.
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