A Síndrome dos Ovários Micropolicísticos é uma das principais doenças que causam problemas como a infertilidade. Com o diagnóstico correto é possível ter uma gravidez saudável. O problema se caracteriza por um desequilíbrio hormonal na mulher, levando a alteração da ovulação e da menstruação.
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A médica especialista em medicina reprodutiva, Lilian Serio, explica que a doença não tem causa identificada ainda, mas vários fatores podem contribuir para seu surgimento, como a genética.
Aparentemente é uma doença multifatorial, ou seja, que depende de muitos fatore. Um deles pode ser fator genético. Então, se na sua família já tem gente que tem, você aumenta a chance de ter. Outro fator é a gordura, a obesidade, ou sobrepeso, já que essa gordura produz um hormônio feminino mais fraco do que o nosso, que é o habitual, e acabam prevalecendo os hormônios masculinos, dando aí as características da síndrome dos ovários micropolicísticos. O aumento dos pelos, a acne, a oleosidade da pele, a queda no cabelo e também, em algumas mulheres, a gente repara um aumento da insulina.
Os casos da Síndrome dos Ovários Micropolicísticos são mais comuns em mulheres na idade fértil, sendo responsável entre 7% a 20% dessas ocorrências.
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Para identificar o problema, a especialista reforça que não bastam exames mostrarem características como o aparecimento dos micropolicístico, mas a detecção é a partir da manifestação de pelos menos duas características principais.
Não basta a mulher fazer uma ultrassom transvaginal ou uma ultrassom pélvica e notar que na ultrassom o ovário tem características de policísticos que seriam vários cistos pequenininhos no ovário. Ela precisa ter duas características. Entre as principais, ou a principal, seria a irregularidade menstrual. Então, as mulheres que têm o micropolicístico normalmente elas menstruam a cada dois três meses, ou seja, de forma muito irregular. A outra característica seria o que a gente chama de hiperandrogenismo, ou seja, um excesso de hormônio masculino que pode ser visualizado tanto fisicamente, pelo aparecimento de muita espinha, ou aparecimento de pelos, por exemplo, na face, em locais que mulher normalmente não tem esses pelos aumentados, a oleosidade na pele, a queda de cabelo ou então o hiperandrogenismo laboratorial, que seria os exames de laboratório mostrando os hormônios masculinos aumentados.
A médica especialista em medicina reprodutiva, Lilian Serio, explica a importância do diagnóstico correto. A etapa é fundamental para identificar o tratamento mais adequado.
E a importância da gente fazer o diagnóstico correto da síndrome dos ovários micropolicísticos é justamente por não ter uma cura. Então, a gente tem que propor um tratamento que seja eficaz para aquela paciente, como o uso do anticoncepcional, se for o caso, o uso de uma medicação para baixar essa resistência insulínica que muitas vezes essas mulheres têm. Na ultrassom, se você ficar querendo tratar só isso não faz sentido pois se a paciente não tem a menstruação irregular, não tem sintomas de hiperandrogenismo, não tem motivo para você tratar uma coisa que não é uma doença.
Ainda segundo Lilian Serio, muitas mulheres têm a ideia de que pelo fato de ter a Síndrome dos Ovários Micropolicísticos não conseguem engravidar. Ela orienta a importância do diagnóstico certo para dar para as mulheres que almejam o sonho da gestação uma esperança.
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