CRIME

PMs acusados de envolvimento na chacina de Quiterianópolis tem prisão relaxada

Os policiais, porém, terão de usar tornozeleira eletrônica.

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4 de junho de 2022
A10

Na última sexta-feira (3), a Vara Única Criminal de Tauá, na região dos Inhamuns, concedeu liberdade para três policiais militares acusados de participação na chacina que deixou cinco mortos em Quiterianópolis, em outubro de 2020. O motivo do relaxamento da prisão, seria por conta da demora na conclusão de um laudo pericial. Os policiais, porém, terão de usar tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada pelo Colegiado de magistrados responsável pelo caso.

PMs acusados de envolvimento na chacina de Quiterianópolis tem prisão relaxada
Foto: Reprodução / Redes Sociais

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De acordo com o documento, os beneficiados pela decisão são: o cabo Francisco Fabrício Paiva, o soldado Dian Carlos Pontes Carvalho e o tenente Charles Jones Lemos Júnior. O sargento Cícero Araújo Veras também é réu pelo crime, mas já havia sido beneficiado com a conversão da prisão em monitoramento eletrônico.

Ainda de acordo com a decisão do colegiado de magistrados, foi solicitado, em dezembro de 2020, um laudo pericial das pistolas e munições apreendidas no local da chacina. Até hoje, o laudo ainda não foi concluído. A demora na conclusão do documento chegou a adiar uma audiência prevista para esta sexta-feira, (3).

O Ministério Público do Ceará, já havia se posicionado contrário ao pedido. Entre os argumentos utilizados pelo colegiado de promotores que acompanha o caso, estão menções ao fato de a fase de instrução ainda não ter sido encerrada e que a prisão era necessária visando a garantia da ordem pública. Foi citado o caso de uma testemunha que, durante uma audiência, se mostrava com medo de falar, pois afirmava que “iria acontecer uma tragédia ainda maior, por esses dias, em Quiterianópolis”.

O crime aconteceu em outubro de 2020, onde as vítimas foram assassinadas durante uma confraternização na casa de José Renaíque Rodrigues de Andrade, morto na ação. Também morreram na chacina: Irineu Simão do Nascimento, Antônio Leonardo Oliveira, Etivaldo Silva Gomes e Gionnar Coelho Loiola.

Duas linhas de investigação surgiram para explicar a motivação do crime. Uma aponta que seria uma retaliação por um suposto envolvimento de José Renaíque e Irineu Simão no roubo a um comércio. Já a outra aponta para uma investigação que os réus estavam fazendo dias antes do crime contra um traficante da região.

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