Em 2022, Ceará tem a maior quantidade de açudes sangrando dos últimos 13 anos
Por causa das boas chuvas, “Não há risco de desabastecimento de água no Ceará”, diz Cogerh
Este ano, o Ceará tem a maior quantidade de açudes sangrando desde 2009, segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
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O bom período chuvoso contribuiu para a recarga. Mesmo com alguns reservatórios ainda com volume baixo, não existe risco de desabastecimento no Ceará.
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O açude Castanhão, que fica na região Jaguaribana, é o maior reservatório do país com capacidade para 6,7 bilhões de metros cúbicos de água, e está com cerca de 24% da capacidade. Apesar de baixo, este é o maior volume desde 2015.
Para o diretor de operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará, Bruno Rebouças, essa diferença está relacionada à quantidade de chuvas no estado.
Vimemos no semiárido. Nós temos uma distribuição irregular da chuva no tempo e no espaço, mostrando regiões hidrográficas, hoje, com situação bem confortável, com as bacias praticamente cheias. Em contrapartida, também temos regiões que, mesmo com boas chuvas, não conseguiram recuperar o volume armazenado e estão em situação crítica, como é o caso do Banabuiú, que tem só 10%.
Apesar de 55 reservatórios estarem com a capacidade inferior a 30%, o diretor da companhia garante que não existe risco de desabastecimento.
Não temos risco de desabastecimento de água no Ceará. Obviamente isso não quer dizer que nós não enfrentemos dificuldade. Quer dizer que, por conta da nossa política de gestão de recursiva, a gente consegue atender pontos prioritários, mesmo que tem alguns momentos de uso restritivo.
O estado do Ceará vinha enfrentando uma crise hídrica desde 2012, que levou a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos a decretar situação de escassez hídrica na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Este ano, em virtude do uso racional da água pela população e da cobrança de uma taxa extra na conta de quem consome muito, o ato declaratório de escassez hídrica foi revogado.
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