Aquela chamada “música chiclete” que não sai da sua cabeça e que você não consegue evitar ouvir várias vezes ao dia pode estar estimulando alterações químicas no seu organismo e favorecendo a formação de vícios.
O cérebro, ao realizar atividades prazerosas, libera um neurotransmissor chamado dopamina, que atua no sistema nervoso, responsável pela sensação de bem-estar e prazer, quando essa substância é liberada recorrentemente conforme o indivíduo repete determinadas expectativas e ações, a pessoa começa a ter esse comportamento constantemente para sentir as sensações geradas pela dopamina.
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A ciência já conhece a influência da música no cérebro, a utilizando em alguns tipos de tratamentos, como a musicoterapia, que aplica a música para realizar tratamentos complementares, sendo utilizada no tratamento de autismo e estimulando o aprendizado de crianças, entretanto, a música em excesso pode atuar no funcionamento cerebral como um desencadeador de vícios, como explica o neurocientista e biólogo doutor Fabiano de Abreu Agrela, PhD.
“Imagine um jovem que passa o dia nas redes sociais e que também passa parte do dia escutando música? Estamos falando do sistema de recompensa constantemente acionado, moldando o cérebro para esta condição. Condição do vício. Como há semânticas em nosso organismo, uma pessoa com gene facilitador para o vício pode encontrar neste comportamento um gatilho para outros tipos de vício.” afirma.
“Ou seja, um vício que leva a outro vício. O vício por si só já é um problema desencadeador de outros problemas maiores. Nosso organismo precisa estar em equilíbrio para uma melhor saúde mental e física”, conclui.
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