SAÚDE

Ceará apresenta aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

A análise é referente à Semana Epidemiológica 27, que compreende de 3 a 9 de julho.

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13 de julho de 2022
Igor Silveira

O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quarta-feira (13), mostra continuidade no crescimento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) para 23 das 27 unidades da Federação, entre elas, o estado do Ceará. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 27, que compreende de 3 a 9 de julho.

Ceará apresenta aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Foto: Reprodução

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A pesquisa tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 11 de julho. Neste cenário de aumento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave estão Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Apenas Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam sinal de estabilidade ou queda nesse período.

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas (período de 12/6 a 9/7) a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi:

  • 2,4% para influenza A
  • 0,1% para influenza B
  • 7,6% para vírus sincicial respiratório
  • 77,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19)

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus foi:

  • 1,0% para influenza A
  • 0,1% para influenza B
  • 1,4% para vírus sincicial respiratório (VSR)
  • 94,5% para Sars-CoV-2 (Covid-19)

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Faixa etária

Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária seguem apontando para amplo predomínio do Sars-CoV-2, especialmente na população adulta. Nas crianças de 0-4 anos, o aumento no número de casos de SRAG, que havia sido marcado por crescimento nos casos positivos para vírus sincicial respiratório (VSR), já apresenta predomínio de Sars-CoV-2.

Embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A H3N2 mantém presença em diversas faixas etárias no Rio Grande do Sul. Segundo o estudo, apenas nesse estado se observou aumento significativo também nos casos positivos de influenza (gripe) H3N2, embora em volume significativamente inferior àquele associado à Covid-19.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, destaca que os dados laboratoriais e por faixa etária mostram que o quadro de crescimento de SRAG foi decorrente do aumento nos casos de Covid-19. A análise das curvas de cada UF indicam que, de modo geral, nos estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste observa-se uma desaceleração no ritmo de crescimento.

Com alguns estados já indicando formação de platô na análise de curto prazo. No entanto, nas regiões Norte e Nordeste, há sinais de manutenção de crescimento ainda em ritmo elevado.

O pesquisador explica que esse cenário pode estar associado ao fato de que a metade sul do país iniciou esse processo de crescimento mais cedo, ainda em abril. Já na metade norte esse movimento se inicia com maior clareza a partir de final de maio e início de junho.

“No Paraná e no Rio Grande do Sul observam-se indícios de retomada do crescimento em crianças, contrastando com o sinal de platô nos adultos, indicando que o cenário ainda é instável e exige cautela”, ressalta Gomes.

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