A área tem 46 mil metros quadrados de extensão, equivalente a quase seis campos de futebol
Terreno na praia de Lagoinha foi desmatado sem a autorização da Prefeitura de Paraipaba
Na praia de Lagoinha, em Paraipaba, litoral oeste do Ceará, um terreno próximo a uma Área de Proteção Ambiental (APA), foi desmatado para construção de um loteamento sem a autorização da prefeitura local ou de órgãos ambientais. O avanço da especulação imobiliária vem gerando receio para quem mora na praia de Lagoinha, em Paraipaba, a 110 quilômetros de Fortaleza. Além do desmatamento, as queimadas nos terrenos para construção de casas, estão causando danos para a população.
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A área desmatada tem 46 mil metros quadrados de extensão, o equivalente a quase seis campos de futebol. Em menos de uma semana, dois incêndios chamaram a atenção dos moradores.
As obras de um loteamento no local foram iniciadas sem autorização da prefeitura de Paraipaba. Segundo Pedro Paulo Cavalcante, diretor de controle, fiscalização e licenciamento ambiental de Paraipaba, o responsável pelo loteamento não passou por nenhuma etapa de licenciamento ambiental.
“Passou pela etapa de supressão vegetal sem as devidas licenças e agora a etapa de terraplanagem sem as devidas licenças e autorizações ambientais”, disse.
Assista a matéria completa:
Investigações do terreno desmatado
Após denúncias, a Secretaria do Turismo, Cultura e Meio Ambiente enviou técnicos à região. O proprietário já foi notificado e uma investigação foi aberta para apurar as causas do incêndio.
O terreno desmatado, sem autorização, fica a poucos quilômetros da área de proteção ambiental da lagoinha, que é uma unidade de conservação de uso sustentável, por meio de decreto, desde março de 1999. A APA conta com a presença de lagoas e dunas, além de fauna e vegetação diversificadas. A zona ambiental fica bem em frente ao mar e ao lado de empreendimentos turísticos regulamentados.
O responsável por esse empreendimento confirmou à produção do Jornal da Cidade que começou apenas o trabalho de retirada da vegetação antes da liberação da licença ambiental. Mas o que a nossa equipe de reportagem constatou foi que já há construções na área desmatada. Ainda segundo o responsável pelo loteamento, assim que o embargo foi emitido, as obras foram suspensas.
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