SEGURANÇA

8ª fase da Operação Gênesis cumpre mandados contra organização criminosa que seria liderada por PM

O Gaeco desvelou a existência de uma organização criminosa encabeçada por um policial militar que contava com o auxílio de narcotraficantes

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21 de julho de 2022
Roberta Fontelles

Na manhã desta quinta-feira (21), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em parceria com a Coordenadoria de Inteligência (COIN) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), deflagrou a 8ª fase da Operação Gênesis. O objetivo é cumprir seis mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão na capital e na Região Metropolitana de Fortaleza.

8ª fase da Operação Gênesis cumpre mandados contra organização criminosa que seria liderada por PM
Foto: Divulgação

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Os mandados foram expedidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas e pela Vara da Auditoria Militar do Estado do Ceará e cumpridos com apoio da Coordenadoria de Planejamento Operacional da SSPDS, da Assessoria de Inteligência da Polícia Militar, e da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (SAP).

Nesta fase da operação, o GAECO desvelou a existência de uma organização criminosa encabeçada por um policial militar que contava com o auxílio de narcotraficantes. O objetivo do grupo criminoso era identificar indivíduos envolvidos em ações criminosas para, posteriormente, obter vantagens ilícitas.

O grupo, com atuação em Fortaleza, é suspeito de envolvimento em extorsões, tráfico de drogas ilícitas, de integrar organização criminosa, dentre outros crimes. Os alvos foram denunciados à Justiça pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, corrupção passiva, peculato e extorsão.

Operação Gênesis

A “Operação Gênesis” teve início a partir de uma investigação do Ministério Público iniciada em 2016. À época, o objetivo era apurar a ação de grupos ligados a organizações criminosas, responsáveis pelo tráfico de drogas e armas, assaltos e homicídios na capital cearense e Região Metropolitana de Fortaleza. A investigação do MPCE contou com o apoio da Coordenadoria de Inteligência da SSPDS. Ao longo dos trabalhos, foi possível identificar o envolvimento de traficantes com policiais, que se estruturaram de forma organizada para realizar vários crimes.

A organização criminosa era integrada, em sua maioria, por agentes e ex-agentes de segurança pública do Estado, além de pequenos e médios traficantes locais. Juntos, eles praticaram uma série de infrações penais, notadamente os crimes de extorsão, organização criminosa, comércio ilegal de arma de fogo e outras condutas correlatas.

Os alvos dos policiais eram cuidadosamente escolhidos entre traficantes com considerável poder aquisitivo ou que já tinham alguma passagem pela polícia, o que facilitava as exigências, as abordagens e o alcance das vantagens almejadas pelo grupo. Os agentes públicos tinham acesso ao sistema de informações da Polícia para selecionar as “vítimas” e planejar as ações.

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