A Polícia de Segurança Aeroportuária da Argentina (PSA) confirmou nesta quarta-feira (14), a prisão de mais um homem devido ao ataque à vice-presidente Cristina Kirchner, totalizando agora quatro pessoas detidas pelo incidente. O homem em questão é Gabriel Nicolás Carrizo, apresentado pela imprensa local como o chefe de um grupo de vendedores de algodão-doce que estava perto da casa de Cristina quando Fernando Sabag Montiel, o primeiro dos detidos, se aproximou dela entre apoiadores e apertou duas vezes o gatilho de uma pistola que falhou a centímetros do rosto da política. Além de Sabag Montiel, um brasileiro de 35 anos, já tinham sido detidas a namorada, Brenda Uliarte, uma argentina de 23 anos, e Agustina Díaz, de 21 anos, também argentina e amiga de Uliarte.
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Uliarte e Sabag Montiel são acusados de “terem tentado matar” a vice-presidente “com planejamento e acordo prévio entre as duas”. Díaz, segundo advogados, também é acusada de “participação no planejamento da tentativa de assassinato”, após os investigadores terem descoberto uma série de mensagens em que Uliarte supostamente confessou à amiga o plano de assassinato da ex-presidente.
Os advogados de Díaz asseguraram que a cliente “em nenhum momento acreditou que o que ela dizia pudesse ser realizado”, considerando que Uliarte era “manipuladora”, e afirmaram que Díaz soube do ataque “pela imprensa”.
A partir das informações fornecidas pelos celulares apreendidos, surgiram elementos pelos quais a Justiça conseguiu estabelecer que houve outro atentado à vida da vice-presidente que foi abortado. Uliarte, a namorada do principal acusado na tentativa de assassinato, tinha entre ocupações a venda ambulante de algodão-doce, como ela própria admitiu em declarações ao uma emissora local.
De acordo com imagens divulgadas pela imprensa local, a primeira vez que um carrinho de algodão-doce foi visto perto da casa de Cristina foi em 23 de agosto, no início das manifestações de apoio à ex-presidente, após um procurador ter pedido uma pena de 12 anos de prisão contra ela.
Um carrinho semelhante foi visto novamente quatro dias depois. De acordo com a imprensa local, os investigadores trabalham na hipótese de que Uliarte estava fazendo “inteligência” nos dias anteriores ao ataque, a fim de fornecer informações a Sabag Montiel. A juíza do caso, María Eugenia Capuchetti, decidiu impor o sigilo da investigação e na quarta-feira aceitou o pedido da vice-presidente para ser admitida como requerente no processo.
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