No último dia 11 de outubro, o presidente Caixa Econômica Federal liberou o crédito consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil. 11 Instituições financeiras estão autorizadas a realizar a medida. Mas, segundo especialistas, essa opção pode acabar virando uma armadilha e deixar o orçamento ainda mais apertado.

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O empréstimo consignado é assim, desconta da conta bancária. De acordo com dados do SPC de 2019, 4,3 milhões de idosos estão endividados por causa desse tipo de crédito. A modalidade está disponível para quem recebe o Auxílio Brasil. Mas, quando o assunto é o programa social, os beneficiários têm incertezas. Uma delas é em relação ao valor que até dezembro, é de 600 reais.

O Auxilio Brasil é voltado para as pessoas de baixa renda, que vivem em situação de vulnerabilidade. Quem recebe conta nos dedos o que pode ou não comprar e, ainda, tem medo de fazer o empréstimo como esse de muitas parcelas e depois não conseguir pagar. O economista Érico Marques, fala quais são as consequências para os beneficiários que optam por fazer o empréstimo consignado.

“Eu não tenho garantia que eu vou ter um Auxilio Brasil até o final. Eu posso até não ter ano que vem, tudo que a gente tem são promessas políticas. Não são certezas”, destacou.

Auxílio Brasil vai oferecer crédito consignado com até 3,5% de juros e 24 parcelas

A modalidade é descontada diretamente da folha de pagamento. O limite de juros será de até 3,5% ao mês e a quantidade de parcelas do valor contratado de, no máximo, 24.

O beneficiário poderá comprometer até 40% do repasse permanente de R$ 400 do Auxílio Brasil, e não dos atuais R$ 600, valor que começou em agosto e está previsto para ser pago até dezembro. Dessa forma, o beneficiário poderá descontar até R$ 160 mensais, num prazo máximo de 24 meses.

“O objetivo do empréstimo consignado é permitir que famílias do Auxílio Brasil, hoje sem acesso a crédito, e muitas delas endividadas e pagando juros altos, possam reorganizar-se financeiramente, empreender e buscar autonomia”, afirma o Ministério da Cidadania, responsável pelo benefício.

Além do acesso ao crédito, o programa vai oferecer ações de educação financeira. Ao contratar o produto, os beneficiários terão de responder a um questionário que medirá os conhecimentos sobre o tema e a capacidade de administrar o empréstimo.

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