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Padre Zezinho deixa redes sociais após ataques políticos à Igreja Católica

Padre Zezinho deixa redes sociais após ataques políticos à Igreja Católica

Foto: Reprodução / Redes Sociais

Até o fim do segundo turno das Eleições 2022, Padre Zezinho, da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, decidiu não utilizar as redes sociais. Isso aconteceu porque na última quarta-feira (12), dia de Nossa Senhora Aparecida, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) dirigiram ataques à Igreja Católica. Em texto postado no Facebook, o religioso afirmou que a decisão veio após ofensas contra ele, os bispos e até mesmo o papa durante atos políticos.

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“Cansei de abrir espaço para católicos super politizados, irados e insatisfeitos com nossa Igreja. Estou me retirando até dia 31”, desabafou.

Padre Zezinho sai das redes sociais

A seguir, confira o texto postado pelo sacerdote:

O triste é que as ofensas são todas de católicos radicais que preferiram o seu partido político ao catecismo católico.

São Paulo tinha razão quanto escreveu as epístolas a Timóteo e aos cristãos de Tessalônica. Não querem catequese, nem o Vaticano II, nem os documentos da CNBB, nem nenhuma orientação social e espiritual.

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Já escolheram ser catequizados por dois poderosos políticos brasileiros.

Meus 81 anos, meus 56 anos de padre, meus 102 livros, minha cultura religiosa, minhas mais de 2 mil canções nada dizem para eles. Insistem que não lhes sirvo mais como padre e pregador para eles.

Acharam candidatos mais católicos do que Papas e bispos, cujos documentos nunca leram. A Bíblia nada lhes diz. Só conhecem as passagens políticas que ajudem o seu partido. Padre bom é o que vota como eles.

Quem ajuda a dialogar com a Bíblia na mão é visto como padre inútil, ateu, comunista ou ultrapassado. Nem o Papa argentino escapa. Há 2 mil anos os escribas e fariseus e saduceus e outros quatro grupos políticos fizeram o mesmo com Jesus. Para estes religiosos radicais e ultra politizados, tudo o que ele dizia era errado.

Continuam a dizer que sou mau padre, que sou comunista e que sou traidor de Cristo e da Pátria porque ensino doutrina social cristã.

Dia 31 voltarei a conversar com os católicos serenos que ainda querem catequese espiritual e social e comportamental. Os outros já decidiram. Não querem estes livros que usamos para ensinar a fé católica.

Espero que estes católicos irados que desqualificam qualquer bispo ou padre que ousa ensinar um fiel a pensar como católicos consigam o que querem.

Querem um Brasil direitista ou esquerdista, porque está claro que não aceitam nenhuma pregação moderada que propõe diálogo político, social e ecumênico.

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