Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito, neste domingo (30), presidente do Brasil ao vencer Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições 2022. Lula teve 59 milhões de votos, a maior votação da história. O presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu mais de 57 milhões de votos.
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Às 19h51, o sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontava o petista com 50,81% (59.359.299 votos). O principal adversário do petista, o presidente Jair Bolsonaro (PL), 67 anos, tinha 49,19% (57.476.680 votos).
A primeira vitória aconteceu em 2002, quando disputou o segundo turno contra o candidato José Serra, e a segunda, em 2006, quando venceu o segundo turno contra Geraldo Alckmin, seu vice no pleito deste ano. Desta vez, o candidato travou a disputa contra Jair Messias Bolsonaro, que disputava a reeleição pelo Partido Liberal.
Primeiro turno
Com 96,74% das urnas apuradas, Lula teve 47,84% dos votos e Bolsonaro teve 43,71%. Ao todo, Lula somou mais de 55 milhões de votos e Bolsonaro mais de 50 milhões. Com isso, os brasileiros devem voltar às urnas no próximo dia 30 de outubro para escolher o presidente.
Conheça a história de Lula
Luiz Inácio Lula da Silva foi presidente da República por dois mandatos, de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011, e deputado federal constituinte de 1987 a 1991. É fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), maior legenda de esquerda do Brasil, e continua sendo o principal quadro do partido.
Lula se elegeu presidente em sua quarta tentativa. Perdeu para Fernando Collor no segundo turno em 1989, e para Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1994 e 1998, ambas as vezes no primeiro turno. Foi finalmente vitorioso em 2002, sobre José Serra (PSDB), e em 2006, contra Geraldo Alckmin (PSDB), as duas vezes em segundo turno.
Luiz Inácio Lula da Silva foi presidente da República por dois mandatos, de 2003 a 2007 e de 2007 a 2011, e deputado federal constituinte de 1987 a 1991. É fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), maior legenda de esquerda do Brasil, e continua sendo o principal quadro do partido.
Na disputa de 2018, preso no âmbito da Operação Lava Jato, chegou a lançar sua candidatura ao Palácio do Planalto, rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa. Agora livre de sentenças, o petista se prepara para disputar pela sexta vez em 2022.
Lula tem uma longa trajetória na política brasileira. Metalúrgico, tornou-se o líder sindical que comandou as greves no ABC Paulista de 1978 a 1980; fundou um dos principais partidos do país e a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Foi deputado, eterno candidato e, finalmente, presidente da República.
Elegeu sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), que sofreu um impeachment no meio do mandato. Ao deixar o governo, Lula tinha aprovação positiva: segundo levantamento CNI-Ibope, 80% dos brasileiros avaliavam o governo como ótimo ou bom em dezembro de 2010.
Anos depois, foi investigado e condenado no âmbito da Operação Lava Jato, desencadeada em 2014 inicialmente para investigar suspeitas de corrupção na Petrobras.
Foi preso por ordem do então juiz federal Sérgio Moro, que o havia condenado no caso envolvendo um apartamento tríplex no Guarujá (SP). O início do cumprimento da pena ocorreu após confirmação da condenação pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa.
Assistiu da cadeia em Curitiba (PR) a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) e sua vitória sobre Fernando Haddad (PT). Permaneceu preso por 580 dias, até que o STF decidiu mudar seu entendimento sobre prisão em segunda instância e, posteriormente, anular todos os processos contra ele na Justiça Federal da capital paranaense.
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