A Noruega retomará a ajuda financeira contra o desmatamento da Amazônia no Brasil, congelada durante a Presidência de Jair Bolsonaro, anunciou nesta segunda-feira (31) à AFP o ministro norueguês do Meio Ambiente, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial brasileira.
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“Em relação a Lula, nós observamos que durante a campanha ele enfatizou a preservação da floresta amazônica e a proteção dos povos indígenas da Amazônia”, disse Espen Barth Eide.
O país escandinavo, principal fornecedor de recursos para a proteção da floresta amazônica, suspendeu sua ajuda ao Brasil em 2019, ano em que Bolsonaro assumiu a Presidência.
Durante o governo do líder de extrema direita, o desmatamento na Amazônia brasileira aumentou 70%, um índice “escandaloso” nas palavras de Barth Eide, que disse que seu país entrou em um “confronto” com Bolsonaro sobre a questão.
De acordo com o ministro, 5 bilhões de coroas norueguesas (482 milhões de dólares) aguardam para serem utilizados no fundo de preservação da floresta amazônica.
Lula, presidente entre 2003 e 2011, afirmou no último domingo (30), após o anúncio de sua vitória no segundo turno da eleição presidencial, que o Brasil está disposto a ter um papel de vanguarda contra a mudança climática e destacou que o planeta precisa de uma “Amazônia viva”.
Lula recebe presidente da Argentina em primeiro encontro internacional após eleito
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve o primeiro encontro como presidente eleito do Brasil com um chefe de Estado estrangeiro. Em menos de 24 horas após a vitória nas urnas, o petista se reuniu nesta segunda-feira (31) com Alberto Fernández, presidente da Argentina, que chegou pela manhã a São Paulo.
“Todo meu amor, minha admiração e meu respeito, querido companheiro. Temos um futuro que nos abraça e nos convoca”, escreveu o presidente argentino em publicação nas redes sociais
A mensagem é acompanhada de um vídeo do momento em que os dois se encontraram. Fernández e Lula se abraçam, e o argentino diz ao brasileiro: “Presidente! Que alegria vê-lo!”.
Fernández é amigo de longa data do brasileiro e foi um dos primeiros chefes de Estado a cumprimentar Lula pelo resultado das eleições. O argentino chegou a viajar para Curitiba em 2019, antes mesmo de ser eleito presidente, para visitar Lula na prisão.
“Parabéns, Lula! Sua vitória abre um novo tempo para a história da América Latina. Um tempo de esperança e de futuro que começa hoje mesmo. Por aqui, você tem um companheiro com quem trabalhar e sonhar alto com a vida dos nossos povos”, publicou o presidente argentino.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a vitória de Lula pouco antes das 20h de domingo (30). Numericamente, o petista teve a maior votação da história, com mais de 60,3 milhões de votos recebidos — 50,9% dos votos válidos. O recorde anterior também era dele, em 2006, com 58,2 milhões de votos.
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