Jair Bolsonaro, candidato derrotado do PL à reeleição, ainda não se manifestou sobre o resultado do segundo turno, no último domingo (30). O silêncio permanece após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República.
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Vitória de Lula
O vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) já entraram em contato com integrantes da campanha de Lula para oferecer apoio no processo de transição de governo. A agenda de Bolsonaro para esta terça-feira (1º) não prevê compromissos oficiais.
Confira a trajetória de Lula, eleito para o terceiro mandato de presidente do Brasil
Eleito presidente da República neste domingo (30), o ex-metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva (PT) governou o país por outros dois mandatos, entre 2003 e 2010. Filho de lavradores, o pernambucano de Garanhuns se mudou ainda criança para São Paulo, onde iniciou sua trajetória política.
Na adolescência, o petista concluiu o curso de torneiro mecânico no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e, posteriormente, passou a trabalhar como metalúrgico em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Na cidade, ele começou o envolvimento com a atividade sindical.
Entre 1975 e 1978, Lula assumiu duas vezes a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP). Em 1980, junto a sindicalistas, intelectuais, artistas e acadêmicos, ele ajudou a fundar o PT. Três anos mais tarde, participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Em 2002, depois de três tentativas frustradas, foi eleito presidente da República pela primeira vez, com o maior número de votos já obtidos por um político até então (52,4 milhões de votos).
Durante os oito anos em que foi presidente, o petista conseguiu manter a inflação do país sempre abaixo dos 10%, com uma média de 5,79%, resultado melhor do que o conquistado pelo antecessor dele, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que em oito anos no cargo, teve uma inflação média de 9,24%.
Nos dois primeiros mandatos, Lula também conseguiu controlar a taxa de desemprego do país. Em 2003, a média registrada pelo Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 12,3%. Já em 2010, o índice baixou para 6,7%. Outro ponto positivo foi o crescimento do produto interno bruto (PIB), que expandiu 4% em média de 2003 a 2010, contra 2,3% nos governos de FHC.
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