A cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2022, a COP27, acontecerá entre os dias 6 e 18 de novembro na cidade litorânea de Sharm el-Sheikh, no Egito. O evento vai reunir representantes de cerca de 200 países de todos os continentes.
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Cúpula do clima da ONU
O encontro acontece em um momento em que as Nações Unidas cobram a comunidade internacional para ações mais contundentes, e alertou que o mundo “não está nem perto do nível e do ritmo das reduções de emissões necessárias” para cumprir os acordos firmados. Apesar disso, nos últimos anos, houve avanços nas questões climáticas.
Trata-se de uma sigla em inglês que significa “Conferência das Partes” (“Conference of the Parties”), representando a associação de todos os países-membros (ou “partes”) que se reúnem anualmente, por um período de duas semanas, para avaliar a situação das mudanças climáticas no planeta. Eles formam o órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, adotada em 1992.
A COP é organizada pela ONU anualmente desde 1995, com exceção de 2001 e 2019, quando teve duas edições, e em 2020, ano no qual a pandemia da Covid-19 impediu que a Escócia sediasse a conferência.
Segundo o artigo 7 da Convenção, para que a Conferência das Partes mantenha regularmente sob exame a implementação da Convenção e tome as decisões necessárias para sua efetivação, a COP deve, entre outros, examinar as obrigações das Partes e os mecanismos institucionais estabelecidos, promover e facilitar o intercâmbio de informações sobre medidas adotadas pelos países membros para enfrentar a mudança do clima e seus efeitos, promover o desenvolvimento e avaliar o aperfeiçoamento periódico de metodologias comparáveis para elaboração de inventários de emissões de gases de efeito estufa e avaliar a eficácia de medidas para limitar as emissões e aumentar a remoção desses gases.
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Quais os principais objetivos da COP27?
Neste ano, uma das principais missões da conferência é a redução de emissões dos gases do efeito estufa, que geram as mudanças climáticas. O encontro deve discutir o uso de novas tecnologias e fontes de energia renováveis, além de mudanças no comportamento do consumidor.
Existe a expectativa que as nações coloquem em prática questões climáticas já avaliadas em edições anteriores do evento internacional e que tenham um compromisso mais ambicioso, apresentando planos climáticos detalhados e efetivos.
No último encontro, adiado em um ano por conta das restrições da pandemia da Covid-19, cerca de 200 países reunidos em Glasgow, na Escócia, assinaram o Pacto Climático de Glasgow, para acelerar o combate às mudanças climáticas. Com isso, a meta global continua sendo limitar o aquecimento a no máximo 2º C.
Para atingir a meta de reduzir o aquecimento em 1,5ºC, as emissões de dióxido de carbono teriam que ser reduzidas em 45% até 2030 e a 0 até a metade deste século. Os países mais desenvolvidos também terão que cumprir o objetivo de juntar US$ 100 bilhões (R$ 510 bilhões, na conversão aproximada) por ano para financiar as ações climáticas ao redor do globo.
Para possibilitar a redução de emissões, o acordo também urge que os países desenvolvidos cumpram a meta de juntar pelo menos US$ 100 bilhões por ano para financiar ações contra ações climáticas pelo mundo.
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