Ícone do site Portal GCMAIS

Governo de Lula vai propor tirar despesas do Auxílio Brasil do teto de gastos

Governo de Lula vai propor tirar despesas do Auxílio Brasil do teto de gastos

Foto: Reprodução

O governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entrou em acordo com o Congresso Nacional para retirar da regra do teto de gastos, os recursos que serão utilizados para pagar o Auxílio Brasil a R$ 600 e o complemento de R$ 150 por criança menor de 6 anos, prometido por Lula. O mesmo deve valer para projetos voltados às áreas de saúde e de investimento.

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

O anúncio foi feito durante reunião entre integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e o vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin, na noite desta terça-feira (8), na Câmara dos Deputados. Alckmin é o coordenador da equipe de transição do novo governo.

“Com esse orçamento que temos, tão exíguo, é difícil administrar o país. O consenso de todos nós é que devemos atender à solicitação do novo governo eleito no sentido de excepcionalizar do teto de gastos aquilo que venha para a área da saúde e de investimento”, disse o relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

“Talvez uma alternativa seja excepcionalizar o programa de distribuição [de renda] do teto de gastos, sempre preocupados com a questão fiscal e com o futuro orçamentário do país”, completou o presidente da CMO, deputado Celso Sabino (União Brasil-PA).

Publicidade

PEC da Transição do Governo

As normas para tirar da regra do teto de gastos as áreas consideradas prioritárias para o novo governo devem ser compiladas na chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, levantada pela equipe de transição de Lula para autorizar um saldo extra de recursos.

O valor adicional, no entanto, não deve entrar no texto da PEC. Por razões técnicas e jurídicas, o saldo total de gastos só deverá ser detalhado no projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA). Os itens que entrarão no aporte extra também não estão fechados, mas o mínimo apontado por aliados do presidente eleito é garantir recursos para o Auxílio Brasil e o reajuste maior do salário mínimo.

“Devemos, nos próximos dias, definir o caminho. Um deles, certamente, o mais provável, é o caminho PEC-LOA. Se esse for o caminho definido, que estamos estudando e deverá ser definido até amanhã [quarta, 8] ou depois de amanhã [quinta, 9], e o foco todo é a questão social”, destacou Alckmin.

Aliados sugerem colocar recursos para programas habitacionais, como o programa Minha Casa, Minha Vida, assim como para o programa de merenda escolar e o programa de aquisição de ônibus escolares. Segundo Marcelo Castro, caberá à equipe de transição listar item a item do que será incluído na PEC da Transição.

Leia também | Transição para governo de Elmano Freitas começa a partir de segunda-feira (7)

>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<   

Sair da versão mobile