Os líderes do G20 se comprometeram nesta terça-feira (15), numa declaração conjunta, a “tomar medidas urgentes para salvar vidas, prevenir a fome e a desnutrição”, com foco nos países mais vulneráveis, e apelaram a uma transformação para uma agricultura sustentável.
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“Comprometemo-nos a proteger da fome os mais vulneráveis, utilizando todos os instrumentos disponíveis para gerir a crise alimentar”, lê-se no texto, que faz parte de uma declaração de 17 páginas aprovada pelos líderes do G20 no final da cúpula em Bali.
No documento, com 52 pontos referentes a diferentes temas, vários destinados à segurança alimentar, uma das principais preocupações do grupo das 20 principais potências do mundo, que chegaram a um acordo, contrariando as expectativas.
O grupo promete “tomar ações coordenadas para enfrentar os desafios da segurança alimentar, incluindo o aumento dos preços e o défice global de matérias-primas e fertilizantes”, embora ainda não tenha apresentado medidas concretas.
Contudo, uma das possibilidades contempladas, que era acertar em Bali a prorrogação do acordo adotado em julho para libertar cereais e fertilizantes russos e ucranianos, que expira em 19 de novembro, não se concretizou. Assim, a declaração apenas enfatiza a “importância da implementação contínua por todas as partes relevantes”.
Na última semana as Nações Unidas (ONU), informou que cerca de 10 milhões de toneladas de grãos e outros alimentos da Ucrânia e da Rússia já foram exportados com base neste acordo de grãos ou na Iniciativa de Grãos do Mar Negro. Ainda alerta, que o mundo está a enfrentar uma crise alimentar global “sem precedentes” e que 2022 pode ser um ano em que o número recorde de pessoas que passam fome seja atingido novamente.
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