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Lula propõe aliança mundial pelo fim da fome e cobra de países ricos recursos contra mudanças climáticas

Lula propõe aliança mundial pelo fim da fome e cobra de países ricos recursos contra mudanças climáticas

Foto: Reprodução

Em seu primeiro pronunciamento oficial na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27), na tarde desta quarta-feira (16), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), propôs em pronunciamento uma aliança global para combater a fome em todo o mundo. “Quero dizer que o Brasil está de volta para reatar os laços com o mundo e ajudar novamente a combater a fome”, disse o petista.

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O político ainda afirmou que “não há segurança climática sem uma Amazônia protegida” e se comprometeu a priorizar a luta contra o desmatamento. O presidente eleito foi convidado pelo presidente do Egito para participar do evento, mesmo antes de tomar posse como próximo chefe do Executivo brasileiro.

Lula criticou as políticas do governo atual na atuação ambiental e afirmou que, nos três primeiros anos [do governo Bolsonaro], o desmatamento na Amazônia aumentou em 73%. “Essa devastação ficará no passado”, disse.

Com foco na proteção da Amazônia, Lula lembrou a intenção da Alemanha e da Noruega de reativar o Fundo Amazônia. São mais de 500 milhões de dólares congelados desde 2019, quando os países anunciaram a interrupção do financiamento. “Estamos abertos à cooperação internacional, em forma de investimento ou pesquisa científica”, declarou o petista, e ponderou que os movimentos ficam sob a liderança do Brasil: “Sem jamais renunciarmos à nossa soberania”.

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Fiscalização

Segundo o presidente eleito, haverá um reforço no monitoramento e na fiscalização de crimes ambientais, de forma a punir atividades ilegais como garimpo, mineração, extração de madeira e agropecuária. “Vamos recriar e fortalecer todas as organizações de fiscalização e sistema de monitoramento que foram desmontados”, garantiu Lula.

“Esses crimes afetam, sobretudo, os povos indígenas”, disse, e reforçou a já anunciada criação do Ministério dos Povos Originários, a fim de garantir que os próprios povos indiquem ao governo propostas de políticas que atendam às demandas das comunidades.

Emergência climática

No discurso, Lula frisou que a emergência climática afeta todos, “embora seus efeitos recaiam com maior intensidade nos mais vulneráveis”. O petista ressaltou a intenção de garantir que o acordo de cooperação entre Brasil, Indonésia e Congo seja fortalecido no próximo mandato. Juntos, os países detêm 52% das florestas tropicais primárias remanescentes no planeta.

Outra iniciativa anunciada foi a intenção de sediar a COP30, em 2025. O plano é que o evento seja realizado na Amazônia.

O petista aproveitou a fala para voltar a reivindicar a inclusão de mais países no Conselho de Segurança da ONU. “Voltamos para propor uma nova governança global. O mundo de hoje não é o mesmo de 1945”, ano em que a organização foi criada.

Atualmente, o conselho é composto de 15 membros, dos quais 5 são permanentes e com poder de veto: os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Rússia e a China. Na avaliação de Lula, a inclusão vai garantir uma “efetiva promoção do equilíbrio e da paz”.

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