ESPECTRO AUTISTA

Casa da Esperança atende mais de 400 crianças com autismo em Fortaleza; saiba como é funcionamento da instituição

Criada em 1993, a Casa da Esperança tem o objetivo de ser uma unidade de saúde inclusiva

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21 de novembro de 2022
Portal GCMAIS

A Casa da Esperança, em Fortaleza, nasceu para reduzir a exclusão de autistas na sociedade. O local foi fundado por uma mãe de seis filhos autistas há quase trinta anos, cuja história é apresentada na primeira reportagem da nova série do Jornal da Cidade. Atualmente, mais de 70 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com autismo. São indivíduos que podem ter alguma dificuldade de interação social, mas, com diagnóstico e acompanhamento, levam a vida, muitas vezes, desempenhando funções de forma brilhante. A incidência em meninos é maior, tendo uma relação de quatro meninos para uma menina com autismo.

Casa da Esperança atende mais de 400 crianças com autismo em Fortaleza; saiba como é funcionamento da instituição
Foto: Reprodução

Tratamento para crianças autistas

A sede da Casa da Esperança em Fortaleza atende 400 pessoas com autismo em regime intensivo, de quatro a oito horas por dia, e realiza mais de mil procedimentos ambulatoriais também diariamente. Segundo Fátima Dourado, psiquiatra e diretora do local, o objetivo sempre foi ser uma unidade de saúde inclusiva.

“A casa foi criada há quase 30 anos, foi uma das primeira unidades de saúde e é a primeira que atende pelo sistema Único de Saúde (SUS), criada com esse objetivo de ser inclusiva. A gente atende todas as faixas etárias e atendemos bebês a partir de 1 ano de idade”, ressaltou.

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Uma vez recebido o diagnóstico, é preciso ir atrás de informação. Algo fundamental para os pais. Pois só assim eles terão ferramentas para compreender as necessidades dos filhos e buscar soluções para cada desafio e dificuldades diárias. O neurologista André Pessoa explica que o autismo é um transtorno fortemente genético, com uma herdabilidade estimada de mais de 90%. Sabendo disso, quanto mais cedo a família sair da negação e buscar apoio médico, mais chances de evolução o paciente terá.

“Por volta de seis meses, a criança que não estabelece um contato visual com mãe duramente o aleitamento materno, posteriormente você terá um atraso de linguagem. Mais na frente, terá um atraso no convívio social. Você pode ter também movimentos repetitivos. Mas vale lembrar que esses sintomas não são específicos do autismo”, explicou.

Transtorno do Espectro Autismo

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.

Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.

A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível podem levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica.

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