Segundo influenciadora, empresa teria alegado que ela precisaria de passagem executiva ou de duas para “caber no assento”
Modelo diz ter sido barrada em voo da Qatar Airways do Líbano para o Brasil por ser ‘gorda demais’
A modelo e influenciadora digital Juliana Nehme, de 38 anos, afirma que sofreu gordofobia por parte da companhia aérea Qatar Airways, após tentar embarcar do Líbano de volta para o Brasil, na terça-feira (22).
Por meio das redes sociais, a modelo fez vídeos do aeroporto enquanto tentava embarcar de volta para São Paulo. Ela relatou que, por ser “gorda demais”, os funcionários da empresa não deixaram ela entrar no avião enquanto não comprasse a passagem executiva, que custa cerca de três mil dólares.
A modelo insistiu por quase duas horas para que ela e a mãe pudessem embarcar, mas, segundo ela, o pedido não foi atendido. Juliana continua no país tentando resolver o problema.
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A alternativa dada à influenciadora no dia seguinte é que ela pagasse por mais um assento na classe econômica, que custa mil dólares, porém, a compra deveria ser feita apenas pela empresa de viagem que a mulher contratou. A empresa tentou contato com a Qatar Airways no mesmo dia, porém não conseguiu falar com eles para realizar a compra das passagens.
A modelo afirmou ainda que, por ela não ter embarcado com sua mãe, irmão e sobrinho na terça-feira (22), ela teria que pagar uma multa por não ter viajado.
Juliana relatou que está sendo vítima de gordofobia no país, pois quando viajou até o Líbano pela companhia Air France, não teve problemas durante o trajeto ou embarque e não sofreu qualquer tipo de constrangimento. Além de que a modelo contou que foi empurrada por uma funcionária e ameaçada caso não parasse de filmar dentro do aeroporto.
Ela disse ainda ter dificuldades financeiras, uma vez que não tem dinheiro para pagar pela multa e pelas passagens extras que terá que comprar.
Por meio de nota, a Qatar Airways afirmou que trata todos os passageiros com respeito e dignidade. “De acordo com as práticas da indústria e de forma semelhante à maioria das companhias aéreas, qualquer pessoa que impossibilite o espaço de um outro passageiro e não consiga prender o cinto de segurança ou abaixar os apoios de braço pode ser solicitada a comprar um assento adicional tanto como uma precaução de segurança quanto para o conforto de todos os passageiros”, informou.
“A passageira em questão no Aeroporto de Beirute foi inicialmente extremamente rude e agressiva com a equipe de check-in quando um de seus acompanhantes não apresentou a documentação PCR necessária para entrada no Brasil. Como resultado, a segurança do aeroporto foi solicitada a intervir, pois funcionários e passageiros estavam extremamente preocupados com a situação. Podemos confirmar que a passageira já foi realocada em um voo da Qatar Airways esta noite saindo Líbano com destino ao Brasil.”
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