VIOLÊNCIA EM ARACRUZ

Atirador que matou três pessoas em escolas do ES usava faixa com símbolo nazista no braço

Autor usou uma braçadeira com a suástica, símbolo máximo do nazismo, além de máscara associada a grupos neonazistas

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25 de novembro de 2022
Portal GCMAIS

O autor de atentado com arma de fogo em duas escolas de Aracruz (ES) usava símbolos que remetem ao nazismo durante o ataque. A informação foi confirmada pela polícia durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (25). O atirador utilizava uma braçadeira com uma suástica e uma máscara de caveira, ou skull mask, item muitas vezes associado a grupos neonazistas europeus e americanos.

Atirador que matou três pessoas em escolas do ES usava faixa com símbolo nazista no braço
Foto: Reprodução

A tragédia aconteceu em dois locais: na Escola da Rede Estadual Primo Bitti e no CEPC (Centro Educacional Praia de Coqueiral), ambas no bairro Coqueiral de Aracruz, na manhã desta sexta-feira (25), por volta das 9h50, de acordo com câmeras de segurança da primeira escola.

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Durante o primeiro ataque, duas professoras foram mortas e 11 pessoas feridas; no segundo, uma aluna morreu e duas pessoas foram feridas. A ação no segundo colégio teria durado cerca de um minuto.

O atentado foi descrito pelo prefeito de Aracruz, Dr. Coutinho, como a maior tragédia que o município já viu. “É a maior tragédia que nossa cidade já viu; a cidade toda está chocada. Na escola estadual, todas as vítimas são professores. Uma tristeza. Já estamos recebendo reforços na segurança, as aulas ficam suspensas até segunda-feira”, disse.

O suspeito já foi detido. Os feridos foram encaminhados a hospitais de Vitória. O helicóptero do Notaer (Núcleo de Operações e Transporte Aéreo) foi acionado para ajudar no atendimento.

Grupos violentos e extremistas não são novidade no Brasil. Segundo levantamento da antropóloga Adriana Dias, atualmente no Brasil existem cerca de 530 células neonazistas em atividade.

De acordo com a pesquisadora, os grupos agem majoritariamente pela internet e trazem semelhanças entre si como o masculinismo, que é o ódio ao feminino e ao movimento feminista, além de traços intrínsecos do movimento nazista como o ódio a minorias como negros, judeus e a comunidade LGBTQIA+.

O ódio ao feminino também remete a outra invasão acontecida no Espírito Santo, em agosto deste ano. Na época, Henrique Lira Trad, de 18 anos, entrou no colégio munido de arco e flechas, três bestas, facas, munições, armas de fabricação caseira e um coquetel molotov.

Nas redes sociais, Henrique utilizava expressões como “sanctus”, termo que significa santo e é muito usado em chats de “incels” (sigla para celibatário involuntário em inglês), grupo misógino que prega a violência e o desprezo a mulheres, principalmente na internet. O termo utilizado pelo jovem é geralmente empregado para glorificar indivíduos que cometeram ações criminosas.

* Com informações do portal parceiro R7.

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