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Atirador que matou três pessoas em escolas do ES usava faixa com símbolo nazista no braço

Atirador que matou três pessoas em escolas do ES usava faixa com símbolo nazista no braço

Foto: Reprodução

O autor de atentado com arma de fogo em duas escolas de Aracruz (ES) usava símbolos que remetem ao nazismo durante o ataque. A informação foi confirmada pela polícia durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (25). O atirador utilizava uma braçadeira com uma suástica e uma máscara de caveira, ou skull mask, item muitas vezes associado a grupos neonazistas europeus e americanos.

A tragédia aconteceu em dois locais: na Escola da Rede Estadual Primo Bitti e no CEPC (Centro Educacional Praia de Coqueiral), ambas no bairro Coqueiral de Aracruz, na manhã desta sexta-feira (25), por volta das 9h50, de acordo com câmeras de segurança da primeira escola.

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Durante o primeiro ataque, duas professoras foram mortas e 11 pessoas feridas; no segundo, uma aluna morreu e duas pessoas foram feridas. A ação no segundo colégio teria durado cerca de um minuto.

O atentado foi descrito pelo prefeito de Aracruz, Dr. Coutinho, como a maior tragédia que o município já viu. “É a maior tragédia que nossa cidade já viu; a cidade toda está chocada. Na escola estadual, todas as vítimas são professores. Uma tristeza. Já estamos recebendo reforços na segurança, as aulas ficam suspensas até segunda-feira”, disse.

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O suspeito já foi detido. Os feridos foram encaminhados a hospitais de Vitória. O helicóptero do Notaer (Núcleo de Operações e Transporte Aéreo) foi acionado para ajudar no atendimento.

Grupos violentos e extremistas não são novidade no Brasil. Segundo levantamento da antropóloga Adriana Dias, atualmente no Brasil existem cerca de 530 células neonazistas em atividade.

De acordo com a pesquisadora, os grupos agem majoritariamente pela internet e trazem semelhanças entre si como o masculinismo, que é o ódio ao feminino e ao movimento feminista, além de traços intrínsecos do movimento nazista como o ódio a minorias como negros, judeus e a comunidade LGBTQIA+.

O ódio ao feminino também remete a outra invasão acontecida no Espírito Santo, em agosto deste ano. Na época, Henrique Lira Trad, de 18 anos, entrou no colégio munido de arco e flechas, três bestas, facas, munições, armas de fabricação caseira e um coquetel molotov.

Nas redes sociais, Henrique utilizava expressões como “sanctus”, termo que significa santo e é muito usado em chats de “incels” (sigla para celibatário involuntário em inglês), grupo misógino que prega a violência e o desprezo a mulheres, principalmente na internet. O termo utilizado pelo jovem é geralmente empregado para glorificar indivíduos que cometeram ações criminosas.

* Com informações do portal parceiro R7.

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