Uma comitiva da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) realiza missão institucional em Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, alguns dos países parceiros da universidade. A intenção é aprofundar a cooperação solidária Sul-Sul, com um envolvimento maior da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a partir de instrumentos de cooperação entre a universidade e instituições desses países. As ações interativas acontecem até o dia 4 de dezembro.
Deta maneira, a comitiva pretende se aproximar ou reaproximar institucionalmente de instâncias governamentais, setores de Educação e de Relações Exteriores, universidades, entre outros, mediada por articulação da embaixada brasileira.
A Unilab possui na sua comunidade discente aproximadamente 1.500 estudantes africanos com a Língua Portuguesa como língua oficial, reunindo, ao todo 7 países, incluindo o Brasil. (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, além do Timor Leste). Combinação pujante de 37 línguas faladas pelos seus 2 campi distribuídos no Ceará e na Bahia, a interculturalidade se materializa ainda nos diversos programas de extensão, que trabalham as diversas linguagens artísticas, tais como a música, as artes visuais e o cinema, mas também fornece contribuições profícuas à Ciência, como desenvolvimento de projetos de impacto nas áreas da agricultura familiar, da educação inclusiva e das engenharias.
A escolha dos países se justifica desta maneira: Moçambique, pelas novas perspectivas abertas após a assinatura do acordo de cooperação técnica com o Instituto de Bolsas de Estudo (IBE), em 2021; Cabo Verde, pela relação historicamente mais restrita à embaixada do Brasil para a seleção de estudantes; São Tomé e Príncipe pelos mesmos motivos de Cabo Verde, mas também pelas tratativas em curso visando a um acordo de cooperação para concessão de bolsas.
Conforme a pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais, Artemisa Monteiro, este é o momento em que os países definem o orçamento geral do Estado e, portanto, o período adequado de visitá-los a fim de fechar acordos. “Se desejamos algo como contrapartida, precisamos negociar antes dos governos parceiros definirem a agenda política e áreas de atuação a partir do orçamento de Estado 2023. Esperamos muitos resultados com a missão, mas o mais importante é melhorar a questão de moradia, saúde, permanência e integração do estudante internacional na Unilab; e redefinir as áreas de interesse comum no ensino superior, inclusive redefinir os cursos ofertados pela Unilab”, apontou.
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