O futuro ministro da Justiça do governo eleito, Flávio Dino (PSB), afirmou nesta terça-feira (13) que as autoridades estão investigando os envolvidos nos atos de vandalismo na área central de Brasília na noite da última segunda-feira (12).
“Todas as pessoas estão sendo rigorosamente identificadas. Crimes políticos são de competência federal”, reforçou Dino, que foi eleito senador pelo Maranhão em outubro. A afirmação ocorreu durante o evento de encerramento dos grupos técnicos da transição, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), na capital federal.
Integridade de Lula
Flávio Dino, ao elogiar a atuação do Governo do Distrito Federal e da Polícia Federal, destacou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não esteve sob ameaça durante os atos de vandalismo.
“O presidente [eleito] não teve sua integridade ameaçada ou posta em risco. Reconheço que o GDF [Governo do Distrito Federal] atuou com a PF, apesar das dificuldades. As representações cabíveis no momento estão sendo feitas. O que não pôde ser feito agora será feito em 1º de janeiro. É imperativo da lei. Não pediremos à PF que não cumpra seu papel”, declarou.
Dino avaliou ainda que os atos de vandalismo partiram de poucos manifestantes. “Temos de relativizar e modular corretamente, porque esses grupos não tiveram, não têm nem terão força para vencer o povo brasileiro. A PF está trabalhando; é ela que coordena a equipe da segurança presidencial. Esses grupos extremistas são cada vez menores, embora cada vez mais radicalizados”, afirmou o futuro ministro.
Caos
Manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal, na região central de Brasília, na noite de segunda-feira, em protesto contra a prisão de José Acácio Serere Xavante — indígena que questiona o resultado das eleições deste ano e incita atos de violência contra Lula e autoridades do Judiciário.
A SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal) anunciou que ninguém foi preso durante os atos de vandalismo, ocorridos diante das forças policiais durante quase três horas.
Em nota, a SSP-DF afirma que os atos foram “praticados por grupos isolados, estão sendo apurados pela Polícia Civil do Distrito Federal e os participantes, uma vez identificados, serão responsabilizados”.
Ainda segundo a nota, a Polícia Militar se concentrou na dispersão dos manifestantes, “para evitar uma escalada ainda maior dos ânimos”.
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