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Deputada Carla Zambelli diz que entregou arma à Polícia Federal

Deputada Carla Zambelli diz que entregou arma à Polícia Federal

Foto: Reprodução

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que entregou à Polícia Federal em São Paulo a arma que apontou para um homem no meio de uma rua da capital paulista em 29 de outubro, véspera do segundo turno das eleições. A pisola Taurus G3C 9mm foi passada, segundo ela, de forma “voluntária” à corporação.

A assessoria da parlamentar disse que o ato ocorreu mesmo sem “a publicação oficial da decisão” do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que mandou Zambelli entregar a arma.

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“A deputada federal aguarda uma rápida apreciação de seu recurso, cuja defesa se encontra a cargo dos advogados Karina Kufa e Igor Suassuna. Zambelli ressalta que o porte de arma é essencial para sua proteção, em decorrência de diversos ataques e ameaças que recebe constantemente”, completa a nota enviada pela assessoria da deputada.

Zambelli foi filmada apontando uma arma de fogo para um homem no meio da rua e, depois, dentro de um bar na véspera do segundo turno das eleições. Segundo a parlamentar, ela sacou a pistola depois de ter sido agredida e xingada. De acordo com ela, o homem seria militante do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um vídeo gravado de outro ângulo, no entanto, mostra a deputada caindo sozinha ao tropeçar.

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“Me empurraram, até me machucaram aqui, me empurraram no chão. Ele me cuspiu várias vezes. Quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar a polícia chegar. E aí ele se evadiu, eu saquei a arma e saí correndo atrás dele, pedindo para ele parar”, afirmou Zambelli.

“Ele ficou com medo, parou dentro de um bar, pedi para ele esperar porque eu ia chamar a polícia e dar flagrante. Ele começou a pedir desculpa. Acabamos de filmar o pedido de desculpas, eu falei: tá bom, você pediu desculpas, pode ir. Ele começou a fazer de novo”, acrescentou a deputada.

Em setembro deste ano, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibiu o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) no dia das eleições, nas 24 horas que antecedem o pleito e nas 24 horas que o sucedem. O descumprimento da norma pode acarretar prisão em flagrante por porte ilegal de arma, sem prejuízo do crime eleitoral correspondente.

Em entrevista após a confusão, Zambelli disse ter ignorado a resolução. “Conscientemente, estava ignorando a resolução e continuarei ignorando a resolução do [ministro] Alexandre de Moraes, porque ele não é legislador. É simplesmente presidente do TSE e membro do STF. Ele não pode, em nenhum momento, fazer lei. Isso é ativismo judicial.”

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