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Cesta básica em Fortaleza sobe 3,70% e termina 2022 custando R$ 653,99

Cesta básica em Fortaleza sobe 3,70% e termina 2022 custando R$ 653,99

Sacos de arroz à venda em mercado. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O valor da cesta subiu em 14 cidades entre os meses de novembro e dezembro segundo pesquisa ‘Nacional da Cesta Básica de Alimentos’ realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O destaque é para Fortaleza com aumento de 3,70%, em seguida Salvador com 3,64% e por fim Natal com 3,07%. Assim, a Capital cearense termina o ano de 2022 com o conjunto de alimentos custando R$ 653,99.

Em dezembro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.575,30, ou 5,43 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2021, o salário mínimo necessário foi de R$ 5.800,98, ou 5,27 vezes o piso em vigor, que equivalia a
R$ 1.100,00.

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Em dezembro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 122 horas e 32 minutos. Em novembro, a jornada necessária foi calculada em 121 horas e 02 minutos. Em dezembro de 2021, a média foi de 119 horas e 53 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2022, 60,22% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandavam 59,47%. Em dezembro de 2021, a média foi de 58,91%.

Preços dos produtos da cesta em 2022

Oito dos 13 produtos da cesta básica apresentaram alta de preço entre dezembro de
2021 e o mesmo mês de 2022, em todas as capitais: leite integral, pão francês, café em pó,
banana e manteiga, farinha de trigo e batata – ambas pesquisadas nas regiões Centro-Sul – e
farinha de mandioca, no Norte e no Nordeste. Já o óleo de soja subiu em 16 cidades e o
arroz em 15.

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Os aumentos de preços, em geral acima da média da inflação, obrigaram as famílias brasileiras, por mais um ano, a substituir alimentos habitualmente consumidos por outros mais baratos ou similares. A ausência de políticas – de estoques reguladores, de subsídios aos preços dos produtos ou mesmo a falta de investimento em agricultura familiar – fez com que a trajetória dos preços continuasse em alta. Do lado da oferta, os principais motivos das altas foram o conflito externo entre Rússia e Ucrânia e a dificuldade de escoar a produção de trigo e óleo de girassol; o encarecimento dos custos de produção do leite no campo; a elevação de preço dos fertilizantes; o clima seco devido ao fenômeno La Niña; e a manutenção da taxa de câmbio em alto patamar, medida que estimulou a exportação.

Entre dezembro de 2021 e 2022, o leite integral variou entre 22,11%, em Porto Alegre, e 40,66%, em Recife. O volume de leite no campo foi menor por causa dos altos custos de produção e também do clima desfavorável, que provocou seca intensa no segundo trimestre e início do terceiro, atrapalhando as pastagens. Em contrapartida, as indústrias de laticínios tiveram que pagar mais pela matéria-prima, o que elevou os preços no varejo. A manteiga também teve alta em todas as cidades, com destaque para João Pessoa (35,47%), Goiânia (30,85%), Brasília (29,15%) e Recife (29,06%). Além dos motivos internos, redução da oferta e clima desfavorável, o fato de parte da manteiga consumida no Brasil ser importada também influenciou a alta de preços do produto, por causa do real desvalorizado em relação ao dólar.

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