O porta-voz do Departamento da Estado (responsável pela diplomacia no governo americano), Ned Price, destacou que o uso do visto de chefe de Estado é específico. O representante dos EUA não direcionou a informação para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está na Flórida desde dezembro.
Para ele permanecer em solo americano, conforme o porta0voz, o ex-chefe do Executivo deve mudar a categoria do documento. “De forma geral, se alguém entra nos EUA com um visto A, que é essencialmente um visto diplomático para diplomatas estrangeiros ou chefes de Estado, se um portador de um visto A não está mais envolvido em assuntos oficiais relacionados aos seus governos, cabe ao portador do visto sair dos EUA ou pedir uma mudança de outro tipo de autorização migratória em até 30 dias. Se não tem motivo para estar nos Estados Unidos, qualquer indivíduo está sujeito a ser retirado pelo Departamento de Segurança Interna”, destacou.
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Visto nos EUA
Vale lembrar que a presença do ex-presidente nos EUA é alvo de pressão de parlamentares democratas devido ao ataque à democracia protagonizado por apoiadores em Brasília. Deputados devem se reunir nesta semana para discutir um pedido de deportação do ex-presidente.
O assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que a Casa Branca não recebeu nenhuma solicitação formal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acerca do ex-presidente. “Acreditamos que as instituições democráticas do Brasil manterão a vontade do povo, o líder eleito de forma livre no Brasil vai governar o Brasil e não será dissuadido pelas ações dessas pessoas que agrediram as sedes de governo em Brasília”, disse Sullivan.
Segundo o assessor, Biden e Lula devem manter contato por telefone. O presidente brasileiro também deve viajar a Washington ainda no começo deste ano.
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