A Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) perfurou 1.228 poços no ano de 2022, distribuídos em todas as regiões do estado. O número é o maior dos últimos 4 anos, ficando atrás apenas para o ano de 2018 onde foram perfurados 1.977 poços. A medida tem garantido hoje o abastecimento de cidades inteiras com água subterrânea. Se o poço apresenta baixa vazão, instala-se chafariz. Não há água perdida. Para regiões onde a água subterrânea não é própria para consumo humano, a instalação de sistemas de dessalinização foi a saída adotada para evitar o desabastecimento.
De 2015 a 2022 foram perfurados, através da Sohidra, 10.882 poços profundos. O número representa mais de 64% de todos os poços perfurados pela Sohidra nos seus 30 anos de existência.
Cidades inteiras foram atendidas com poços profundos
Um só município – Boa Viagem, no Sertão de Canindé – já recebeu mais de 200 poços na busca pelo mínimo de vazão que garanta o abastecimento. Em Pedra Branca, em virtude das baixas vazões encontradas nos poços construídos, uma rede adensada de chafarizes foi montada na malha urbana, garantindo o abastecimento da cidade apenas com a água subterrânea.
Ceará tem primeiro açude sangrando em 2023
Neste começo de ano já tem reservatório de água transbordando no Ceará. O açude Germinal, no município de Palmácia, Região Maciço de Baturité, sangrou neste sábado (07). É o primeiro açude a sangrar neste ano, de acordo com a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh).
A companhia monitora 155 no estado e, desses, 69% estão com menos de 30% da capacidade. Outros três reservatórios têm mais de 90% da capacidade. São eles: Caldeirões, em Saboeiro, que está com 97% da capacidade; Aracoiaba, também em Saboeiro, com 94%; e o Rosário, na cidade de Lavras da Mangabeira, com 91%.
O Germinal tem capacidade para 5 milhões de metros cúbicos de água. Construído em 2017, o açude foi feito para evitar alagamentos em áreas de risco em Fortaleza. O governo estuda também utilizar a água do Cocó para abastecer a região.
Apesar das boas chuvas, os grandes açudes do Ceará seguem quase totalmente secos. O Castanhão, maior de todos, está com 19% da capacidade, conforme a Cogerh; e o Orós, segundo maior do estado, 43%. Já o Banabuiú se encontra com 9%.
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