O secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, falou sobre o trabalho feito dentro dos presídios do Ceará, com foco nos estudos e ressocialização dos internos, além da estruturação dos policiais penais. Em entrevista para a o Pan News em Revista 2º Edição, na Joven Pan News Fortaleza, nesta sexta-feira (13), o secretário falou sobre o uso das câmeras nos uniformes dos policiais penais no Estado.

“A gente já está em fase de teste com cerca de 20 câmeras corporais em três unidades e os testes estão com os melhores resultados. A gente pretende a partir de fevereiro de já começar a operar de forma gradual em todas unidades do Estado”, destacou.

O titular da SAP comemorou a participação dos presos no Exame Nacional do Ensino Médio e no Encceja, além da capacitação em diversas áreas. “Nesta semana, 4.300 presos fizeram o Enem, 100% dos presos que podiam fazer o exame, fizeram o exame. Ano passado 11 mil fizeram o Encceja, 19 mil presos estão capacitados pelo ‘padrão Senai’. É um avanço muito grande”, afirmou.

Mauro destacou que o trabalho realizado nos presido diminuiu a incidência, ou seja, tem mais preso saindo do que entrando no sistema penitenciário.

“Quando chegamos por aqui, tinha 30 mil pesos. Hoje quantidade é de 21,389 pessoas privadas de liberdade, ou seja, ouve o decréscimo. Além disso, a reincidência no Ceará nos últimos quatro anos baixou para 23%. Essas pessoas estão voltando para o sistema prisional”.

O secretário ainda criticou ainda a instalação de bloqueadores de celulares nos presídios, assunto muito discutido em 2018 e 2019. “Usar bloqueador é assinar atestado de incompetência, ou seja, não tem que ter é celular. Nós tiramos a energia elétrica de dentro das celas, deixamos iluminadas, mas isoladas. Além de que o bloqueador é extremamente caro, R$ 60 mil por mês em cada unidade… Temos 30 unidades, imagina o valor disso”.

Para o titular da SAP, além da capacitação e da ressocialização dos internos, também é necessário priorizar a saúde dos policiais penais. Ações estão sendo planejadas para a melhoria da qualidade de vida da categoria. “A gente pegou um sistema adoecido, a verdade é essa. Estamos trabalhando investindo na saúde mental do nosso policial”.

Confira a entrevista com o secretário Mauro Albuquerque

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