O Procon-SP, que defende e protege o consumidor, notificou a empresa “Ás Formaturas” após o caso de desvio de quase R$ 1 milhão do fundo da comissão de uma turma de medicina da USP (Universidade de São Paulo). A aluna Alicia Dudy Müller, que era presidente da comissão, é suspeita de ter efetuado o desvio.
O órgão pede à empresa explicações sobre quem autorizou a transferência dos valores e quais foram os critérios estabelecidos para a movimentação do dinheiro.
Ainda conforme o Procon, os esclarecimentos devem ser encaminhados até quinta-feira (19).
Golpe de formatura de quase R$ 1 milhão na USP
Os estudantes denunciaram que foram vítimas de um golpe dado por Alicia, presidente da comissão de formatura. Eles relataram ter pagado, ao longo de quatro anos de curso, pela garantia da realização da festa, porém o dinheiro desapareceu. Agora, as vítimas não têm verba para a comemoração.
Em um grupo de WhatsApp, no dia 6 de janeiro, a jovem confessou aos colegas que havia retirado o dinheiro da ÁS Formatura para investi-lo, com o auxílio de uma empresa especializada. Entretanto, segundo ela, a investidora desapareceu com cerca de R$ 800 mil, e o valor restante do fundo da formatura foi gasto com um advogado na tentativa de reaver o dinheiro.
Conforme a SSP, um dos estudantes lesados registrou um boletim de ocorrência no dia 10, no 14° Distrito Policial, de Pinheiros. O caso está sendo investigado pelo 16º DP, da Vila Clementino, que instaurou um inquérito para apurar o crime de apropriação indébita.
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A diretoria da Faculdade de Medicina também confirmou, em publicação de uma nota, que os alunos aderentes à formatura da Turma 106ª foram vítimas de fraude. “Os fatos estão sendo apurados, buscando-se identificar os responsáveis pela fraude e a Diretoria está apoiando na orientação aos alunos envolvidos.”
Questionada sobre como Alicia conseguiu retirar todo o dinheiro sozinha, a ÁS Formatura afirmou que “todas as transferências foram realizadas rigorosamente conforme estabelecido nas cláusulas contratuais”. A empresa também disse está em “contato com a comissão de formatura para buscar algum tipo de solução que viabilize a realização do evento planejado”.
A investigada ainda não se manifestou sobre o caso.
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